Ele
é sério no que fala. Não leva desaforo para analisar em casa. Tem posições
firmes, porém mal compreendidas por alguns e elogiados por outros. Sempre se portou
como defensor da família, mas avesso a bandidos. É apontado como um dos homens
honestos na política brasileira – que, de certa forma tem lhe atraído forte
perseguição por alguns meios de comunicações do País de víeis esquerdista. Seu
nome: Jair Messias Bolsonaro, deputados federal pelo Estado do Rio de Janeiro, que,
mesmo sem ser candidato já é o segundo colocado nas pesquisas de opinião
pública na corrida à presidência da República em 2018.
Jair
Messias Bolsonaro é um militar da reserva (com formação na Academia Militar das
Agulhas Negras; e no Exército, integrou a brigada de paraquedistas e chegou a
patente de capitão) a e político brasileiro que aos poucos muitos vão lhe
conhecendo e creditando a ele, futuramente, a responsabilidade pela restauração
da confiança do povo brasileiro em assuntos como segurança, educação,
sociabilidade do cidadão, liberdade religiosa, a tradição familiar e a
hierarquia institucional.
Pai
de cinco filhos: Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Renan
Bolsonaro, Laura Bolsonaro, Jair Bolsonaro é um paulista nascido em Campinas,
porém, detentor de uma carreira de sucesso no Estado do Rio de Janeiro, onde
foi o deputado federal mais votado em 2014, com 464 mil votos, depois de
iniciar sua carreira política em 1988, quando foi eleito vereador no Rio de
Janeiro (RJ).
Apesar
da dúvida que paira sobre uma parcela da população brasileira, quanto a sua
conversão a Jesus Cristo durante sua estada em Israel, sendo batizado nas águas
do Rio Jordão, o mesmo que Jesus foi batizado por João Batista, o deputado Jair
Bolsonaro, filiado ao Partido
Social Cristão (PSC), segue firme no propósito de assegurar-se entre os
postulantes ao Palácio do Planalto no pleito do próximo ano. Contudo, já sabe
de antemão, que terá que encontrar forças para superar os correligionários e
seus candidatos esquerdistas, que preparam uma ofensiva contra ele. Aliás, o
que é normal em função da postura dele como candidato da “direita” (formada por
políticos que defendem, basicamente, a hierarquia, a tradição e o clericalismo),
contrário, por exemplo, ao casamento de pessoas de mesmo sexo, liberação do
aborto, descriminalização da maconha e à prisão do cidadão em seus lares
enquanto os bandidos estão soltos. E nunca negou ser contrário aos direitos
humanos, que, na opinião dele, só defendem bandidos.
Apesar
de ser favorável ao porte legal de armas, Jair Bolsonaro, em conjunto com seu
filho, Eduardo Bolsonaro, apresentou o PL-4730/2016, que altera a Lei nº 8.072,
de 25 de julho de 1990, para incluir no rol dos crimes hediondos aqueles dolosos,
praticados com arma de fogo, mediante violência ou grave ameaça à pessoa.
COMPORTAMENTO
Diferentemente
de outros políticos, Jair Bolsonaro mantém-se firme em suas convicções e no que
fala para seus algozes, que sempre o instigam com perguntas cavilosas e
provocativas, tentando tirar dele mais uma declaração que o condene perante a
opinião pública. Suas respostas são sempre elogiadas pelos mais conservadores e
mal interpretadas pela ala liberal-esquerdista.
Em
suas falas, sejam elas do plenário da Câmara dos Deputados ou das entrevistas
concedidas à Imprensa, Jair Bolsonaro tem se tornado criador de frases que
coadunam com seu perfil: "Minha cultura é geral. Vou atirando no que
interessa, não sigo A, B ou C." E então filosofa: "O que é o saber? É
o que fica, e depois o que se esquece é o que se aprende. Vão me sacanear, mas
pode colocar isso aí". E brinca: Chaves, Professor Girafales, Seu
Madruga... Me amarro em assistir". E, sempre que indagado sobre modelos
políticos, Bolsonaro aposta na autorreferência: "Gosto do
'BolsoMito'". E se mostra um admirador do presidente eleito dos Estados
Unidos da América, Donald Trump: "Éramos muito comparados. A imprensa
fazia chacota do Trump, o acusava de ser fascista".
Outras frases de Jair ficaram marcadas a sua
vida pública: “Estou sofrendo preconceito heterossexual”, “Eu acredito em Deus.
Sou católico. Mas é coisa rara ir à Igreja. Eu já li a Bíblia inteirinha, com
atenção. Levei uns sete anos para ler. Você tem bons exemplos ali. Está
escrito: A árvore que não der frutos deve ser cortada e lançada ao fogo. Eu sou
favorável à pena de morte” (essa frase foi dita antes dele ser batizado no Rio
Jordão numa cerimônia tipicamente evangélica); “Se fuzilassem 30.000 corruptos,
a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, o país estaria melhor”
(faz tempo); “Estou me lixando para esse pessoal aí [do movimento gay]”; “O
próximo passo será a adoção de crianças por casais homossexuais e a legalização
da pedofilia” (Comentando a decisão do Supremo que reconheceu a união estável
entre homossexuais); “O que eu tenho contra ela (Preta Gil)? Nada contra ela.
Nunca gostei dela, é direito meu. Não vejo que ela tem credibilidade para falar
em ética”.
Sobre
suas preferências intelectuais, Bolsonaro não afirma textualmente quem são
eles. Todavia, quem o acompanha politicamente sabe que ele sempre se referiu a
pessoas pelas quais deixa transparecer sua admiração, a exemplo do filósofo
Olavo de Carvalho, o ex-deputado Enéas Carneiro (in memorian) e o atual
presidente americano. Sobre Enéas, Bolsonaro está à espera da aprovação (pronta
para pauta) do PL-7699/2017, de sua autoria, que “inscreve o nome de Enéas
Ferreira Carneiro no Livro dos Heróis da Pátria”.
RECONHECIMENTO
Na
Câmara desde 1991, Bolsonaro se submeterá pela primeira vez ao tipo de
escrutínio reservado a quem pleiteia o maior cargo no país, caso se formalize
presidenciável. Segundo pesquisa Datafolha de junho, ele alcança 16% das
intenções de voto para 2018. Seu melhor desempenho é entre quem tem de 16 a 24
anos (23%), ensino superior (21%) e renda familiar mensal de cinco a dez
salários mínimos (25%).
Mas
a tendência é que haja um crescimento de Bolsonaro na medida em que se
aproximam as eleições presidenciais. Isto porque sua ida a vários estados,
mostrando seu perfil e a sua atuação no Congresso Nacional bem como sua postura
diante dos governos recentes o capacita a postular a candidatura em 2018.
Como
se sabe, entre os anos de 2003 e 2005, à época filiado ao PTB, Bolsonaro se
posicionou contra a orientação partidária tanto na reforma da Previdência (PEC
40/2003) quanto na reforma tributária (PEC 41/2003). A primeira foi aprovada
pela Câmara dos Deputados após 22 votações em plenário, em agosto de 2003.
Presente em 19 delas, Bolsonaro votou com o partido somente em três ocasiões,
manifestando-se contra a proposta governista nas votações em primeiro e segundo
turnos.
Nas
33 votações que envolveram a reforma tributária, ao longo de setembro de 2003,
Bolsonaro foi contra o partido 31 vezes. Ele não foi o único dos 50 petebistas
a bater de frente com a legenda – na votação em segundo turno da proposta, três
outros deputados fizeram o mesmo.
Veio
o Mensalão, quando já era filiado ao PP, uma das legendas mais envolvidas no
esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato, Bolsonaro seguiu
firme no propósito de não se “misturar” com os envolvidos do seu partido.
Chegou a receber algo em torno de R$ 200 mil reais da sigla, mas devolveu em
seguida ao tomar conhecimento de que o dinheiro não era declarado como devia.
A
postura política de Jair Bolsonaro foi elogiada pelo então ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que fez menção ao nome do deputado
durante o julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, em setembro de 2012:
“A
reforma da Previdência e a reforma tributária foram os principais exemplos de
votações do interesse do governo federal na Câmara dos Deputados que teriam
sofrido interferência desses pagamentos do mensalão. (…) Somente o senhor Jair
Bolsonaro, do PTB, votou contra a aprovação da referida lei. Todos os demais
votaram no sentido orientado pelo líder do governo e do PT na Câmara dos
Deputados”, disse Joaquim Barbosa em suas justificativas no pleno do STF.
Em
assim sendo, caso seja realmente candidato à presidência da República, Jair
Bolsonaro encontrará muitas pedras em seu caminho, arremessadas pelos liberais
esquerdistas, porém, contará com o apoio de uma parcela significativa dos
brasileiros, que o apoia em seus ideais conservadores, zelando pela família,
pelo homem do campo, empregada doméstica, trabalhador honesto e meritocracia de
cada cidadão em suas conquistas.
Por: Gomes
Silva
Fotos: Arquivo Câmara dos Deputados