PARANÁ

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Justiça manda tirar outdoor com críticas aos gays

A Justiça de Ribeirão Pero, no estado paulista, determinou que se retirasse imediatamente um outdoor colocado na cidade com mensagens evangélicas questionando o comportamento homossexual. No outdoor, continha as seguintes citações da Bíblia: “se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável”, do Levítico.

Em seguida, uma parte da Carta de São Paulo aos Romanos: “até as mulheres trocam as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros”. O outdoor gerou diversas críticas do movimento gay em São Paulo e a liminar pedida em uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública de Ribeirão foi deferida pela Justiça.

De acordo com Victor Hugo Albernaz, defensor público, caso a mensagem não seja retirada, deve ocorrer o pagamento de uma multa no valor de R$ 10 mil pela Casa de Oração, igreja evangélica autora das mensagens, e à Nobili Painéis, proprietária do outdoor.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br

Pesquisas indicam o aumento da migração religiosa

Pesquisas indicam o aumento da migração religiosa entre os brasileiros, o surgimento dos evangélicos não praticantes e o crescimento dos adeptos ao islã

Acaba de nascer no País uma nova categoria religiosa, a dos evangélicos não praticantes. São os fiéis que creem, mas não pertencem a nenhuma denominação. O surgimento dela já era aguardado, uma vez que os católicos, ainda maioria, perdem espaço a cada ano para o conglomerado formado por protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais. Sendo assim, é cada vez maior o número de brasileiros que nascem em berço evangélico – e, como muitos católicos, não praticam sua fé. Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram, na semana passada, que evangélicos de origem que não mantêm vínculos com a crença saltaram, em seis anos, de insignificantes 0,7% para 2,9%. Em números absolutos, são quatro milhões de brasileiros a mais nessa condição. Essa é uma das constatações que estatísticos e pesquisadores estão produzindo recentemente, às quais ISTOÉ teve acesso, formando um novo panorama religioso no País.

Isso só é possível porque o universo espiritual está tomado por gente que constrói a sua fé sem seguir a cartilha de uma denominação. Se outrora o padre ou o pastor produziam sentido à vida das pessoas de muitas comunidades, atualmente celebridades, empresários e esportistas, só para citar três exemplos, dividem esse espaço com essas lideranças. Assim, muitas vezes, os fiéis interpretam a sua trajetória e o mundo que os cerca de uma maneira pessoal, sem se valer da orientação religiosa. Esse fenômeno, conhecido como secularização, revelou o enfraquecimento da transmissão das tradições, implicou a proliferação de igrejas e fez nascer a migração religiosa, uma prática presente até mesmo entre os que se dizem sem religião (ateus, agnósticos e os que creem em algo, mas não participam de nenhum grupo religioso). É muito provável, portanto, que os evangélicos pesquisados pelo IBGE que se disseram desvinculados da sua instituição estejam, como muitos brasileiros, experimentando outras crenças.

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