PARANÁ

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Morre Dimas Andrade, uma das vozes mais vibrantes da locução esportiva do Nordeste

Dimas Andrade morreu no Hospital da FAP aos 53 anos [Foto: Arquivo do Jornal da Paraíba]
A Crônica Esportiva da Paraíba, especialmente a de Campina Grande, está de luto. Morreu o narrador esportivo mais vibrante do rádio campinense, Dimas Andrade. Sua morte aconteceu no Hospital da FAP em decorrência de um câncer de próstata, contra o qual ele vinha lutando há muito tempo.

Dimas Andrade brincava com o microfone, usava-o com facilidade, transmitia alegria com sua voz audível e tranquila. Não alcançou voos mais altos porque não quis.  Mas, recebeu convite de outras emissoras com atuação fora da Paraíba. Contudo, ele preferia o ar da “Rainha da Borborema”.

Lembro-me que em um jogo entre Santa Cruz e Treze, quando o time pernambucano goleou os paraibanos por 6 x 0, no “Mundão” do Arruda (em Recife), Dimas transmitiu a partida pela Rádio Cariri com muita tristeza, mas não deixou transparecer o seu estado espiritual em nenhum momento.

Assim foi narrando futebol pelas rádios Borborema, Cariri, Caturité, todas de Campina Grande; Cidade de Esperança, Rádio Integração do Brejo (Bananeiras) e Santa Maria (Monteiro). Ele não tinha preferência por repórter de pista nem por comentarista. Ele respeitava e motivava a todos. Todavia, é indiscutível o entrosamento que havia entre Dimas Andrade narrando e Vieira Júnior nas reportagens. Eram quase perfeitos!

Tive a felicidade de dividir o mesmo microfone com Dimas Andrade narrando para as rádios Borborema e Santa Maria (Monteiro) em um Torneio Início do Campeonato Paraibano, realizado no Estádio “O Marizão”, em Sousa. Foi assim: Em um jogo, ele narrava para a Santa Maria com Simorion Matos comentando, e eu, para a Borborema. No jogo seguinte, eu ia para a Santa Maria e Dimas voltava para a Borborema. E assim, foi até o fim daquele torneio.

Ainda fui companheiro de Dimas como repórter de pista na Rádio Integração do Brejo.

Era um amigo, embora quando tomava unas e outras, conversava demais, normal como qualquer outro. Porém, ele teve a felicidade, mais tarde, de entregar a própria vida a Jesus Cristo, passando a frequentar a Igreja O Brasil Para Cristo, no Bairro da Bela Vista.


Enfim, perdemos um amigo e um grande profissional!

Gomes Silva
Jornalista