PARANÁ

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Não deixem de ler essas matérias

Não deixem de ler as matérias a seguir, cujos conteúdos são de fundamental importância para que todos nós venhamos a nos preocupar muito mais, enqunato pai e líder, em oferecer esclarecimento na área da família

Pr. Gomes Silva


Gravidez na adolescência
A informação ainda é a melhor arma contra esta triste realidade


Família: Projeto principal de Deus
O desafio de manter a família, educar os filhos e viver a luz da Palavra de Deus nos dias atuais

O primeiro culto protestante no Brasil

Um grupo de huguenotes (protestantes calvinistas de fala francesa, também chamados de Reformados), no dia 07 de março de 1557, (57 anos depois do descobrimento do Brasil) na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, realizaram o primeiro culto protestante em terras brasileiras.

Esse grupo de protestantes chegaram ao Brasil comandados pelo navegador Nicolau Durant de Villegaignon, em 1555. Nesse culto, estavam presentes Pierre Richier, que foi o pregador, o pastor Guillaume Chartier, o historiador Jean de Léry mais dez artesãos. A cerimônia foi realizada no Forte Coligne, na ilha de Serijipe, hoje Villegaignon. Foi realizada também a primeira ceia protestante do Brasil.

Nesta ocasião, alguns meses depois, em 1558, Richier e alguns outros foram obrigados a retornar para a França. Villegaignon, depois de conflitos pelo poder, mandou estrangular e lançar ao mar quatro dos que tinham a fé reformada e faziam parte da delegação de Genebra: Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourbon e André La Fon.

Esses homens foram forçados a redigir uma confissão de fé antes de serem mortos. Desses, somente André La Fon foi poupado. Os outros três leram a confissão de fé e foram mortos, tornando-se os primeiros mártires evangélicos do continente. Tal confissão de fé é tida como a primeira “Confissão de Fé” feita no solo brasileiro, e ficou conhecida como “Confissão Fluminense” ou “Confissão da Guanabara”. Segue abaixo o texto da Confissão Fluminense:

A Confissão de Fé de Guanabara
Por Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon

Segundo a doutrina de S. Pedro Apóstolo, em sua primeira epístola, todos os cristãos devem estar sempre prontos para dar razão da esperança que neles há, e isso com toda a doçura e benignidade, nós abaixo assinados, Senhor de Villegaignon, unanimemente (segundo a medida de graça que o Senhor nos tem concedido) damos razão, a cada ponto, como nos haveis apontado e ordenado, e começando no primeiro artigo:

I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.

Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade de Deus em fé ou particularmente.

II. Adorando nosso Senhor Jesus Cristo, não separamos uma natureza da outra, confessando as duas naturezas, a saber, divina e humana nele inseparáveis.

III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a doutrina apostólica, e o símbolo,[3] nos ensinam.

IV. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, em forma visível e humana como subiu ao céu, executando tal juízo na forma em que nos predisse no capítulo vinte e cinco de Mateus, tendo todo o poder de julgar, a Ele dado pelo Pai, sendo homem.

E, quanto ao que dizemos em nossas orações, que o Pai aparecerá enfim na pessoa do Filho, entendemos por isso que o poder do Pai, dado ao Filho, será manifestado no dito juízo, não todavia que queiramos confundir as pessoas, sabendo que elas são realmente distintas uma da outra.
V. Cremos que no santíssimo sacramento da ceia, com as figuras corporais do pão e do vinho, as almas fiéis são realmente e de fato alimentadas com a própria substância do nosso Senhor Jesus, como nossos corpos são alimentados de alimentos, e assim não entendemos dizer que o pão e o vinho sejam transformados ou transubstanciados no seu corpo, porque o pão continua em sua natureza e substância, semelhantemente ao vinho, e não há mudança ou alteração.

Distinguimos todavia este pão e vinho do outro pão que é dedicado ao uso comum, sendo que este nos é um sinal sacramental, sob o qual a verdade é infalivelmente recebida. Ora, esta recepção não se faz senão por meio da fé e nela não convém imaginar nada de carnal, nem preparar os dentes para comer, como santo Agostinho nos ensina, dizendo: “Porque preparas tu os dentes e o ventre? Crê, e tu o comeste.”

O sinal, pois, nem nos dá a verdade, nem a coisa significada; mas Nosso Senhor Jesus Cristo, por seu poder, virtude e bondade, alimenta e preserva nossas almas, e as faz participantes da sua carne, e de seu sangue, e de todos os seus benefícios.

Vejamos a interpretação das palavras de Jesus Cristo: “Este pão é meu corpo.” Tertuliano, no livro quarto contra Marcião, explica estas palavras assim: “este é o sinal e a figura do meu corpo.”
S. Agostinho diz: “O Senhor não evitou dizer: — Este é o meu corpo, quando dava apenas o sinal de seu corpo.”

Portanto (como é ordenado no primeiro cânon do Concílio de Nicéia), neste santo sacramento não devemos imaginar nada de carnal e nem nos distrair no pão e no vinho, que nos são neles propostos por sinais, mas levantar nossos espíritos ao céu para contemplar pela fé o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus, sentado à destra de Deus, seu Pai.

Neste sentido podíamos jurar o artigo da Ascensão, com muitas outras sentenças de Santo Agostinho, que omitimos, temendo ser longas.

VI. Cremos que, se fosse necessário pôr água no vinho, os evangelistas e São Paulo não teriam omitido uma coisa de tão grande conseqüência.

E quanto ao que os doutores antigos têm observado (fundamen­tando-se sobre o sangue misturado com água que saiu do lado de Jesus Cristo, desde que tal observância não tem fundamento na Palavra de Deus, visto mesmo que depois da instituição da Santa Ceia isso aconteceu), nós não podemos hoje admitir necessariamente.

VII. Cremos que não há outra consagração senão a que se faz pelo ministro, quando se celebra a ceia, recitando o ministro ao povo, em linguagem conhecida, a instituição desta ceia literalmente, segundo a forma que nosso Senhor Jesus Cristo nos prescreveu, admoestando o povo quanto à morte e paixão do nosso Senhor. E mesmo, como diz santo Agostinho, a consagração é a palavra de fé que é pregada e recebida em fé. Pelo que, segue-se que as palavras secretamente pronunciadas sobre os sinais não podem ser a consagração como aparece da instituição que nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos seus apóstolos, dirigindo suas palavras aos seus discípulos presentes, aos quais ordenou tomar e comer.

VIII. O santo sacramento da ceia não é alimento para o corpo como para as almas (porque nós não imaginamos nada de carnal, como declaramos no artigo quinto) recebendo-o por fé, a qual não é carnal.

IX. Cremos que o batismo é sacramento de penitência, e como uma entrada na igreja de Deus, para sermos incorporados em Jesus Cristo. Representa-nos a remissão de nossos pecados passados e futuros, a qual é adquirida plenamente, só pela morte de nosso Senhor Jesus.

De mais, a mortificação de nossa carne aí nos é representada, e a lavagem, representada pela água lançada sobre a criança, é sinal e selo do sangue de nosso Senhor Jesus, que é a verdadeira purificação de nossas almas. A sua instituição nos é ensinada na Palavra de Deus, a qual os santos apóstolos observaram, usando de água em nome do Pai, do Filho e do Santo Espírito. Quanto aos exorcismos, abjurações de Satanás, crisma, saliva e sal, nós os registramos como tradições dos homens, contentando-nos só com a forma e instituição deixada por nosso Senhor Jesus.

X. Quanto ao livre arbítrio, cremos que, se o primeiro homem, criado à imagem de Deus, teve liberdade e vontade, tanto para bem como para mal, só ele conheceu o que era livre arbítrio, estando em sua integridade. Ora, ele nem apenas guardou este dom de Deus, assim como dele foi privado por seu pecado, e todos os que descendem dele, de sorte que nenhum da semente de Adão tem uma centelha do bem.

Por esta causa, diz São Paulo, o homem natural não entende as coisas que são de Deus. E Oséias clama aos filho de Israel: “Tua perdição é de ti, ó Israel.” Ora isto entendemos do homem que não é regenerado pelo Santo Espírito.

Quanto ao homem cristão, batizado no sangue de Jesus Cristo, o qual caminha em novidade de vida, nosso Senhor Jesus Cristo restitui nele o livre arbítrio, e reforma a vontade para todas as boas obras, não todavia em perfeição, porque a execução de boa vontade não está em seu poder, mas vem de Deus, como amplamente este santo apóstolo declara, no sétimo capítulo aos Romanos, dizendo: “Tenho o querer, mas em mim não acho o realizar.”

O homem predestinado para a vida eterna, embora peque por fragilidade humana, todavia não pode cair em impenitência.

A este propósito, S. João diz que ele não peca, porque a eleição permanece nele.

XI. Cremos que pertence só à Palavra de Deus perdoar os pecados, da qual, como diz santo Ambrósio, o homem é apenas o ministro; portanto, se ele condena ou absolve, não é ele, mas a Palavra de Deus que ele anuncia.

Santo Agostinho, neste lugar diz que não é pelo mérito dos homens que os pecados são perdoados, mas pela virtude do Santo Espírito. Porque o Senhor dissera aos seus apóstolos: “recebei o Santo Espírito;” depois acrescenta: “Se perdoardes a alguém os seus pecados,” etc.

Cipriano diz que o servo não pode perdoar a ofensa contra o Senhor.

XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito, porquanto isto só a Deus pertence.

No tocante à ordem eclesiástica, cremos no que S. Paulo dela escreveu na primeira epístola a Timóteo, e em outros lugares.

XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não se pode fazer senão por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não somente se pode fazer a separação por essa causa, mas também, bem examinada a causa perante o magistrado, a parte não culpada, se não podendo conter-se, deve casar-se, como São Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios. O magistrado, todavia, deve nisso proceder com madureza de conselho.

XIV. São Paulo, ensinando que o bispo deve ser marido de uma só mulher, não diz que não lhe seja lícito tornar a casar, mas o santo apóstolo condena a bigamia a que os homens daqueles tempos eram muito afeitos; todavia, nisso deixamos o julgamento aos mais versados nas Santas Escrituras, não se fundando a nossa fé sobre esse ponto.

XV. Não é lícito votar a Deus, senão o que ele aprova. Ora, é assim que os votos monásticos só tendem à corrupção do verdadeiro serviço de Deus. É também grande temeridade e presunção do homem fazer votos além da medida de sua vocação, visto que a santa Escritura nos ensina que a continência é um dom especial (Mateus 15 e 1 Coríntios 7). Portanto, segue-se que os que se impõem esta necessidade, renunciando ao matrimônio toda a sua vida, não podem ser desculpados de extrema temeridade e confiança excessiva e insolente em si mesmos.

E por este meio tentam a Deus, visto que o dom da continência é em alguns apenas temporal, e o que o teve por algum tempo não o terá pelo resto da vida. Por isso, pois, os monges, padres e outros tais que se obrigam e prometem viver em castidade, tentam contra Deus, por isso que não está neles o cumprir o que prometem.

São Cipriano, no capítulo onze, diz assim: “Se as virgens se dedicam de boa vontade a Cristo, perseverem em castidade sem defeito; sendo assim fortes e constantes, esperem o galardão preparado para a sua virgindade; se não querem ou não podem perseverar nos votos, é melhor que se casem do que serem precipitadas no fogo da lascívia por seus prazeres e delícias.”

Quanto à passagem do apóstolo Paulo, é verdade que as viúvas tomadas para servir à igreja, se submetiam a não mais casar, enquanto estivessem sujeitas ao dito cargo, não que por isso se lhes reputasse ou atribuísse alguma santidade, mas porque não podiam bem desempenhar os deveres, sendo casadas; e, querendo casar, renunciassem à vocação para a qual Deus as tinha chamado, contudo que cumprissem as promessas feitas na igreja, sem violar a promessa feita no batismo, na qual está contido este ponto: “Que cada um deve servir a Deus na vocação em que foi chamado.”

As viúvas, pois, não faziam voto de continência, senão porque o casamento não convinha ao ofício para que se apresentavam, e não tinha outra consideração que cumpri-lo. Não eram tão constrangidas que não lhes fosse antes permitido casar que se abrasar e cair em alguma infâmia ou desonestidade.

Mas, para evitar tal inconveniência, o apóstolo São Paulo, no capítulo citado, proíbe que sejam recebidas para fazer tais votos sem que tenham a idade de sessenta anos, que é uma idade normalmente fora da incontinência. Acrescenta que os eleitos só devem ter sido casados uma vez, a fim de que por essa forma, tenham já uma aprovação de continência.

XVI. Cremos que Jesus Cristo é o nosso único Mediador, intercessor e advogado, pelo qual temos acesso ao Pai, e que, justificados no seu sangue, seremos livres da morte, e por ele já reconciliados teremos plena vitória contra a morte.

Quanto aos santos mortos, dizemos que desejam a nossa salvação e o cumprimento do Reino de Deus, e que o número dos eleitos se complete; todavia, não nos devemos dirigir a eles como intercessores para obterem alguma coisa, porque desobedeceríamos o mandamento de Deus. Quanto a nós, ainda vivos, enquanto estamos unidos como membros de um corpo, devemos orar uns pelos outros, como nos ensinam muitas passagens das Santas Escrituras.

XVII. Quanto aos mortos, São Paulo, na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, nos proíbe entristecer-nos por eles, porque isto convém aos pagãos, que não têm esperança alguma de ressuscitar. O apóstolo não manda e nem ensina orar por eles, o que não teria esquecido se fosse conveniente. S. Agostinho, sobre o Salmo 48, diz que os espíritos dos mortos recebem conforme o que tiverem feito durante a vida; que se nada fizeram, estando vivos, nada recebem, estando mortos.

Esta é a resposta que damos aos artigos por vós enviados, segundo a medida e porção da fé, que Deus nos deu, suplicando que lhe praza fazer que em nós não seja morta, antes produza frutos dignos de seus filhos, e assim, fazendo-nos crescer e perseverar nela, lhe rendamos graças e louvores para sempre. Assim seja.

Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André la Fon
Fonte: http://www.monergismo.com/textos/credos/confissao_guanabara.htm

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Decepção em preto e branco

GALO, FORA!
O nosso querido Galo da Borborema encerrou sua participação na Série C, do Campeonato Brasileiro 2008, de forma indesejada por sua torcida. Não venceu uma partida sequer na atual competição. E o que é pior, concluiu sua participação empatando em casa com Salgueiro de Pernambuco por 1 a 1.
Não quero dar opinião sobre a Comissão Técnica, mesmo porque estava longe e não estava acompanhando o trabalho desta, porém, vejo que o time merecia coisa melhor.

SUGESTÃO
COM a desclassificação a diretoria do Treze deve pensar no Campeonato Paraibano de 2009. Quem sabe já montando uma estrutura a começar pela Comissão Técnica, com exceção ao preparador físico, Edinho, que por sinal é muito competente nessa área. E já procurar jogadores que estejam em atividade no futebol brasileiro e definir a sua contratação para não correr o risco de deixar para a última hora e ter que contratar atletas via fitas de vídeo ou DVD. Pelo menos é esta a informação que obtive ao chegar a Campina Grande.

RAPOSA FEROZ
AO
contrário do seu maior rival dentro do futebol da Paraíba, o Campinense conseguiu manter-se na competição depois de se classificar da primeira para a segunda fase da Série C. De forma brilhante empatou com o Santa Cruz, de Recife, por 1 a 1, em pleno estádio Arrudão, na Veneza Brasileira. E agora vai pegar o Salgueiro (PE) e o Icasa (CE). Duas pedreiras, mas se mantiver a mesma determinação com a qual vinha jogando, certamente a Raposa irá mais além.

Gomes Silva é ex-editor de Esportes dos jornais: Paraíba e Diário da Borborema.

Quatro Aspectos do Uso Inconsequente da Língua

Robson T. Fernandes

No Brasil, travestida da preocupação com a verdade, a fofoca ganha especial notoriedade através de programas de TV que se ocupam apenas em investigar e transmitir as mais novas notícias da vida de pessoas famosas. Há muito tempo a sociedade tem sido treinada na arte da fofoca, sem perceber, e hoje isso tornou-se algo normal.
As definições, encontradas no Direito, para fofoca são as seguintes:
- Calúnia é um termo que vem do latim, calumnia, engodo, embuste
(Acusar do crime)
- Difamação (do latim diffamare) significa desacreditar, sendo um crime que consiste em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação de pessoa fiel à moralidade e aos bons costumes.
(Desacreditar alguém)
- Injúria (do latim injuria) significa ofender, verbalmente, por escrito, ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria ofende o moral, abate o ânimo da vítima, ao passo que a calúnia e a difamação ferem a moral da vítima.

Certa vez, Platão disse o seguinte: “Os sábios falam porque têm algo a dizer; os tolos, porque têm de dizer algo". Isso é uma grande verdade. Bom seria que ocupássemos a nossa mente com coisas frutíferas. Assuntos produtivos que cooperassem para a edificaão.
Com relação a fofoca, acho conveniente citar o psiquiatra José Ângelo Gaiarsa, que afirmou que:
1. As mulheres são mais fofoqueiras.
2. Quando alguém se refere a uma pessoa de forma negativa, inconscientemente, pode ter as características de quem está falando.
3. "a fofoca é a forma mais eficaz de as pessoas se vigiarem para manter o status da perseguição de todos contra todos".

Dizem que a fofoca é algo que se propaga com a velocidade do som, já que ela vai de ouvido em ouvido. Afirmam que ela tem a força dos ventos e o poder destrutivo de um terremoto, já que pode arrastar tudo o que você tem e deixar um rastro de destruição.
É através de fofocas que muitas vezes altas ou quedas são provocadas nas bolsas de valores. É através dela que homens e mulheres de boa reputação sofrem ataques em organizações, empresas, entidades e igrejas.
As fofocas são como um vírus capaz de infectar e contaminar um grupo se alastrando rapidamente, corrompendo os bons costumes, estragando os relacionamentos, destruindo a capacitação profissional, impedidno o crescimento pessoal e espiritual.

“Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal
e evite que os seus lábios falem dolosamente.”
1 Pe 3:10

“A fofoca é o mais desprezível dos vícios; pois, por não poder influenciar o espírito e o caráter dos sábios, rasteja como uma serpente venenosa e refugia-se na alma dos fracos, tolos e ociosos”
Anônimo

Quando usamos a língua, a usamos para bem ou para o mal? A santidade deve envolver todo o ser, inclusive o falar.
A fofoca é denominada, também de mexerico, intriga e bisbilhotice. A isso, a Bíblia os diz:

Lv 19:16
“Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo teu próximo. Eu sou o SENHOR.”

Pv 11:13
“O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre.”

Pv 20:19
“O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios.”

1 Tm 6:20
“E tu... evitando os falatórios inúteis...”

2 Tm 2:16
“Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior...”

Tg 1.26
“Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo.”

Um dramaturgo romano, Plauto, escreve em uma de suas peças: "Os que propalam a calúnia e os que a escutam, se prevalecesse minha opinião, deveriam ser enforcados, os primeiros pela língua e os outros pela orelha".

Afirmativas como "onde há fumaça há fogo", em verdade são armas utilizadas pelos caluniadores. O correto é: "onde há fumaça há um caluniador".

A fofoca é denominada, também de calúnia, que é uma falsa imputação a alguém de um fato. No Direito é caracterizado como crime. A isso, a Bíblia os diz:

2Tm 3.1-3
“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas... desafeiçoados... caluniadores...”

Tt 3. 2
“Aconselhe que não falem mal de ninguém, mas que sejam calmos e pacíficos e tratem todos com educação.”

Sl 50. 20
“Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles.”

A fofoca é denominada, também de difamação, que é o ato de tirar a boa fama ou crédito de alguém. A isso, a Bíblia os diz:

2Tm 3.1-5
“Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.”

Tg 4.11
“Meus irmãos, não falem mal uns dos outros.”

1Pe 2.1 “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.”

Sl 101.5
“Destruirei aqueles que falam mal dos outros pelas costas...”

Pv 16:28
“O homem... difamador separa os maiores amigos.”


O fofoqueiro, em geral, é um mentiroso.
Barry Eigen, escritor da área de administração, diz que: "Confiança é a chave. É a crença na lealdade de outra pessoa. É a fé em sua capacidade de pensar e em seu julgamento, sabendo por antecipação que seu comportamento será sempre adequado, em qualquer circunstância. É ter certeza da integridade e da ética do outro, é sentir-se tranqüilo, quando a pessoa assume o comando. Significa ainda, poder contar com ela, tendo a certeza de que as situações difíceis serão tratadas de maneira correta, racional, pronta e eficiente. Enfim, confiar é ter segurança".

A Bíblia nos diz:

Sl 34.13
“Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras.”

Sl 52:3
“Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente.”

Pv 14:5
“A testemunha verdadeira não mente, mas a falsa se desboca em mentiras.”

João 8:44
“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”

Ef 4:25
“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.”

1Pe 3.10
“Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras.”

Alguns bons costumes são necessários para se evitar fofoca, sem manter a ética e o bom ambiente onde se está. São eles:

· Fale diretamente, e não pelas costas. Aja com elas de maneira correta e justa.
“Pelo que celebremos a festa, não com o [fermento] velho, nem com o [fermento] da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.” (1 Co 5:8)

· Não fale sobre seus problemas pessoais com aqueles indivíduos que, de antemão, você sabe, geram dúvida quanto à capacidade de ajudá-lo. É preferível chorar sozinho na privacidade de seu quarto a fazê-lo nos ombros da pessoa errada.
“Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal” (Pv 13.20).

· Quando tiver dúvidas em relação a uma pessoa e seus atos, que o afetem direta ou indiretamente, confronte-a corajosamente, mas em particular. Fazê-lo em público significa expor-se e multiplicar as dúvidas existentes.
“Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão” (Mt 18.15).

· Embora seja uma tendência natural, muitas pessoas – sabemos – desejam expressar suas opiniões e versões publicamente. Quando se sentir tentado a fazê-lo, reflita e contenha o ímpeto de se expor desnecessariamente. Diz a sabedoria popular: “Em boca fechada, não entra mosquito”.

“O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos” (Pv 16.28).

· A mesma língua ferina, que critica e envenena as ações de outras pessoas, poderá voltar-se contra si mesmo e deixá-lo em apuros como crítico contumaz e insensato.
“O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” (Pv 14.30).

· Quando se perceber tentado a dar ouvidos a fofoqueiros, mesmo que por brincadeira ou curiosidade, reaja. Lembre-se que a maledicência só serve para corromper os bons costumes.
“O Senhor detesta os pensamentos dos maus, mas se agrada de palavras ditas sem maldade” (Pv 15.26).

· Preocupe-se e ocupe-se com aquelas coisas que contribuem para o desenvolvimento do seu caráter, de sua carreira e de sua companhia. A fofoca, certamente, não tem esses atributos. “Mind your own business” (‘cuide do próprio negócio) – ensinavam os puritanos que fizeram a colonização norte-americana.
“Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência” (1 Pe 2:1).

“Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar” (Cl 3.8).

“O CALUNIADOR É UMA PESSOA QUE ESTÁ SEMPRE EM CONFLITO CONSIGO MESMO. QUEM ESTÁ DE BEM COM A VIDA NÃO TEM SEQUER VONTADE DE CALUNIAR, QUER APRECIAR AS COISAS BOAS DA VIDA.”

Para finalizar, gostaria de deixar um incentivo para que se pratique a verdade e se fuja da mentira. Estou promovendo a SEMANA DE COMBATE A FOFOCA. Nesta semana você deverá, de manhã logo cedo, ler o texto bíblico indicado e lutar com todas as suas forças para praticá-lo durante todo o dia.

SEMANA DE COMBATE À FOFOCA
SEGUNDA
Dedique à disciplina o seu coração, e os seus ouvidos às palavras que dão conhecimento.
Provérbios 23:12

TERÇA
Se alguém não tropeçar no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.
Tiago 3:2b

QUARTA
A boca fala do que está cheio o coração. O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas e o homem mau do seu mau tesouro, tira coisas más.
Mateus 12:34-35

QUINTA
Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que concedam graça aos que a ouvem.
Efésios 4:29

SEXTA
Pois, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade.
1 Pedro 3:10

Robson Tavares Fernandes é bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional). É diretor e professor do CBA (Curso Básico de Apologética), e pesquisador da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) e palestrante.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Líderes evangélicos lamentam saída do pastor Gomes de Parnaíba

Membros das diretorias da União Evangélica Interdenominacional de Parnaíba – UEIP, e do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos de Parnaíba – CIMEP (foto), lamentaram profundamente a saída do pastor Gomes Silva da cidade de Parnaíba. Foi durante reunião realizada na noite desta segunda-feira (14/07), na Igreja Deus Semeador, que é dirigida pelo pastor Marcos, atual presidente da UEIP.

O pastor Gomes Silva está atualmente dirigindo a Igreja Batista Independente em Parnaíba, mas decidiu entregar a direção desta depois de um período de um ano de muitas lutas. Lutas que não teriam acontecido se o bom senso de muitos tivesse sido colocado em prática e as injustiças não fizessem parte da vida de alguns homens e mulheres que se dizem de Deus.

Durante a sua fala, o pastor Gomes Silva não expôs os motivos pelos quais decidiu deixar Parnaíba. Contudo, as causas já eram do conhecimento de alguns líderes que ali se faziam presentes. O paraibano de Picuí apenas agradeceu o apoio e a amizade que conquistou dos pastores locais.

- Comunico, amados irmãos, que estou deixando a cidade de Parnaíba. E quero agradecer a todos vocês pela amizade, pelo carinho de todos vocês. Foi muito bom passar um ano com vocês. E levo comigo o respeito de todos vocês. Saibam, também, que gostei muito de Parnaíba, que foi mais uma escola na minha vida ministerial -, concluiu.

Em seguida, mesmo sem estar em pauta, vários líderes se pronunciaram a respeito da decisão do pastor Gomes Silva:

Para o pastor Sampaio, da CPP – Comunidade Prece Poderosa, e secretário da UEIP/CIMEP, “o pastor Gomes Silva é um herói, pois, conseguiu permanecer um ano enfrentando situações que eu espero nunca ter que enfrentar”. Em seguida afirmou:

- Pastor Gomes, que esta sua decisão seja abençoada por Deus -, concluiu.
O presidente do Conselho de Ética, da CIMEP, pastor Matusalém, da Igreja Cristã Evangélica, fez uma declaração que surpreendeu a todos os presentes:

- Se tem alguma pessoa pra ser censurada por este Conselho essa pessoa não é o pastor Gomes -, disse.

O pastor Janaka afirmou que foi muita coragem do pastor Gomes Silva sair de Campina Grande-PB, cidade cujo potencial ele conhece muito bem, tirando familiares de seus empregos, para vir para Parnaíba, (numa distância de mais de 1.200 quilômetros). E acrescentou:

- Lamentamos a sua saída de Parnaíba, pois és um homem com um potencial muito grande e que poderia muito nos ajudar. Contudo, vá em paz para Campina Grande, mas levando a nossa amizade e a nossa admiração pela sua pessoa -, concluiu.

Ao final da reunião, que terminou depois das 22 horas, os pastores que ainda se faziam presentes oraram abençoando o pastor Gomes e a sua família bem como o seu retorno à Paraíba.
Um fato interessante foi citado pelo pastor Gomes. É que, quando foi para vir de Campina Grande para Parnaíba os pastores associados à Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil – OMEB, Conselho Estadual da Paraíba, da qual ele era Diretor de Comunicação, abençoaram sua viagem. Agora, às véspera do seu retorno, acontece a mesma coisa com os pastores ligados à UEIP e ao CIMEP o que é uma benção de Deus.

O pastor Jean, da Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo, já havia estado na residência do pastor Gomes Silva, acompanhado de membros de “sua” igreja, lamentando a sua decisão.

- A gente fica triste porque sabemos quem é o pastor Gomes; do seu potencial, do que poderia fazer pela cidade de Parnaíba e o Reino de Deus com o seu conhecimento bíblico-teológico e noutras áreas do conhecimento humano.

Quem é o pastor Gomes Silva?

Para quem não o conhece ele é jornalista profissional, formado pela Universidade Estadual da Paraíba, onde também fez Especialização em Comunicação Educacional; tem curso de Psicologia Educacional pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Curso de Web Design pelo Senai e pela Falp-PB; trabalhou em diversas emissoras de Rádio da Paraíba; foi editor-chefe dos jornais: A Palavra e Tribuna do Sabugi; e editor de Esportes do jornal Associado Diário da Borborema e do Jornal da Paraíba. Foi correspondente dos jornais O Norte, A União e O Momento.

Atualmente o pastor Gomes Silva edita o jornal evangélico Consciência Cristã em Foco, de responsabilidade da Visão Nacional Para a Consciência Cristã – VINACC, todos no Estado da Paraíba, além de ter trabalhado por muito tempo como correspondente da Rádio Currais Novos, de Currais Novos-RN.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Nove são batizados pela IBI em Parnaíba

Lindo sob todos os aspectos. É assim que se pode definir o batismo realizado pela Igreja Batista Independente em Parnaíba-PI, neste domingo(13/07), nas águas do afamada Rio Parnaíba. Nove pessoas desceram as águas depois de duas cerimônias.

A primeira aconteceu no templo da igreja, localizada na Comunidade Lagoa da Prata, quando o pastor Gomes Silva mostrou a importância do batismo nas águas e a responsabilidade de cada batizando.

Na segunda, já às margens do Rio Parnaíba, o pastor Gomes Silva leu várias partes da Palavra de Deus e mostrou o sentido do batismo nas águas, lembrando Jesus Cristo quando fora batizado por João, no Rio Jordão.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Ana Paula Valadão: tenho encontrado católicos com o coração mais convertido do que dentro da igreja evangélica

Veja no link abaixo - essa entrevista com a cantora Ana Paula Valadão


Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania rejeita Projeto de Lei que descriminaliza o aborto

ZENÓBIO FONSECA

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara rejeitou nesta quarta-feira (09/07/08) o projeto de lei que descriminaliza o aborto (projeto de lei 1135, de 1991). Como indicavam as sessões anteriores que discutiram a matéria, os parlamentares contrários à descriminalização conseguiram maioria para aprovar o relatório do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da CCJ. Ele declarou o projeto inconstitucional, tendo como argumento o artigo 5 da Constituição Federal, que garante o direito da inviolabilidade da vida.

O projeto, que descriminaliza o aborto, já havia sido rejeitado anteriormente pela Comissão de Seguridade Social por 33 votos a 0, em uma sessão tumultuada que terminou com os deputados favoráveis ao aborto (que eram minoria) abandonando a votação nominal em protesto. Desta forma, a matéria vai agora ao Plenário da Câmara já tendo recebido previamente duas avaliações contrárias.
A matéria será arquivada se não houver recurso, em cinco sessões, para ser votada pelo plenário da Câmara. O PL1135/91 suprime o artigo 124 do Código Penal, que estabelece pena de 1 a 3 anos de prisão para quem comete aborto.

No inicio da sessão desta quarta, o deputado José Genoíno (PT-SP), tentou adiar a discussão por dez sessões, mas seu requerimento foi rejeitado pelos parlamentares (30 votos a 4). Genoíno é o autor de um projeto que tramita em conjunto com o 1135, que prevê a autonomia na decisão da questão do aborto e também determina que os hospitais públicos realizem o procedimento. Genoíno alegou que o assunto não poderia ser decidido próximo ao recesso parlamentar e ao período eleitoral. No entanto, os demais parlamentares argumentaram que a questão já havia sido discutida exaustivamente ao longo de 17 anos, desde que o projeto foi apresentado.
Os votos contrários foram dos deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP), José Genuíno (PT-SP), Régis de Oliveira (PSC-SP) e Eduardo Valverde (PT-RO).

Ao se manifestar contra o relatório, o deputado Régis de Oliveira já previu que estaria com a minoria favorável à descriminalização do aborto na CCJ. "Não posso permitir que o Estado tome uma decisão pela mãe. Também não consigo acreditar que, em caso de uma eventual descriminalização - eventual, porque não vai passar aqui -, as mulheres vão começar a fazer aborto indiscriminadamente. Minha consciência é contra o aborto, mas, como legislador, não posso substituir a decisão soberana da mulher."

Teatro

O deputado Carlos Willian (PTC-MG) ilustrou sua fala contra a descriminalização e, portanto, a favor do relatório, com alguns acessórios. Durante a exposição, ele usou dois bonecos, simbolizando crianças, e um caixão branco pequeno. Atrás dele, outros dois deputados, Miguel Martini e Luiz Carlos Bassuma, auxiliavam a argumentação servindo como homens-sanduíche de cartazes com fotos de fetos abortados.

"Vocês querem matar essas crianças, querem acabar com essas criaturas que são felicidade no futuro do mundo, preferem colocar essas crianças em um caixão?", disse Willian. "O projeto de lei, esse sim, vai para o caixão", acrescentou, jogando uma cópia do projeto dentro do caixão que trouxera.

A manifestação do deputado arrancou risos da platéia favorável ao projeto que acompanhava a sessão e que, em seguida, protestou usando faixas roxas como mordaça.

Postado por Zenobio Fonseca no ZENÓBIO FONSECA

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Relatório da CPI do Sistema Penitenciário defende assistência religiosa em presídios

A assistência religiosa para a população carcerária é defendida por deputados como forma de inibir o domínio do crime organizado nos presídios. A presença de grupos religiosos em prisões de todo o país foi um dos aspectos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, que enfatiza a necessidade das instituições serem contempladas, “de forma obrigatória”, com espaços físicos para cultos, missas e reuniões. O documento ainda critica o cerceamento a estas práticas. O texto afirma que esta é uma “situação injustificável diante da importância das atividades religiosas como meio de amenizar o inferno em que vive a população carcerária”. O relatório da CPI apresenta outros dados relevantes para igrejas que desejam traçar estratégias de evangelização dentro dos presídios.

Membros da Comissão visitaram instituições em todo o país e observaram trabalhos regulares de assistência religiosa. O relatório enfatiza que este é um direito do detento e cita diversas leis, tanto nacionais como de outros países, que asseguram a organização do regime carcerário de maneira a permitir a prática religiosa e participação em serviços e reuniões. Isto inclui as visitas de líderes e representantes da religião professada pelo preso e o acesso a livros e publicações de caráter religioso e espiritual.

O relatório também alerta que “no atual ambiente carcerário, as organizações religiosas correm riscos de vida, tendo suas atividades limitadas”. Por isso propõe a construção de capelas, salas ou auditórios onde as reuniões possam acontecer. Conforme as observações da CPI, os estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão possuem marcantemente a presença de igrejas evangélicas dentro dos presídios. Os deputados também constataram a atuação da Pastoral Carcerária, vinculada à Igreja Católica, com cerca de três mil voluntários em todo o Brasil que trabalham na defesa dos direitos e dignidade humanos no sistema prisional.

As informações sobre religião no sistema carcerário estão na versão final do relatório da CPI (em PDF), que será votado no dia 8 de junho. O documento ainda apresenta um perfil do presidiário no Brasil, dados sobre violência e informações variadas sobre os problemas enfrentados pela população carcerária, que podem contribuir com a elaboração de estratégias de atuação e evangelismo dentro dos presídios.

Por Priscila Vieira)

Fonte: Agência Soma