Estamos vivendo a chamada “Semana Santa”, um período de reflexão sobre o sacrifício, morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo – que chamamos de doutrina central da teologia cristã e o fato principal na defesa dos seus ensinos, uma verdade da igreja primitiva, que continua nos dias de hoje.
De
acordo com o apóstolo Paulo, a importância desse evento é indescritível, pois
se Jesus não ressuscitou literalmente dentre os mortos, logo, toda fé cristã
seria errônea e ineficaz. Além disso, a pregação do evangelho não tem valor, o
testemunho cristão é falso e os crentes perecem sem qualquer esperança.
Mas,
o sofrimento, a morte e ressurreição de Jesus Cristo são reais. Ele se fez
carne e habitou entre nós, sofreu de diversas maneiras antes do sacrifício
maior: A Cruz do Calvário. Ali, ele cravou nossos pecados e sarou nossas
feridas (Isaías 53:1-7) e mostrou que era verdadeiramente o Filho Unigênito do Pai.
Mas
todo esse desfecho do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo fazia
parte da profecia do Antigo Testamento (Isaías 7:14), que uma virgem daria luz
uma criança e seu nome seria Emanuel (Deus conosco) e que seria Ele o Salvador
do mundo (Mateus 1:21-23).
Podemos
comprovar no texto bíblico de Êxodo 12, quando da instituição da páscoa. E o
principal elemento dessa festa era um cordeiro de um ano, que não podia ter
defeito (Êxodo 12:5). Isto representava, já, a crucificação de Jesus, ocorrida
na sexta-feira (da semana santa), e sem qualquer revide. Pelo contrário, sofreu
humilhação, foi desprezado e rejeitado (Isaías 53:3), pois quem o ovacionou no
domingo anterior (domingo de ramos) chegaram à sexta-feira e dizendo:
“Crucifica-o”. E como um animal que é conduzido ao matadouro, Cristo foi levado
sem nada reclamar. Pelo contrário. Ele, a si mesmo se esvaziou, assumindo a
forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de
cruz (Efésios 2:7-8).
Jesus
agora está na cruz. Sua condição no madeiro era semelhante à serpente de ouro,
que Deus havia autorizado quando o povo murmurou e reclamou da situação,
dizendo a Moisés:
“Faze
para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido,
olhando para ela, será salvo. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e
fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a
serpente de bronze, conservava a vida”. (Número 21:8-9).
Referindo-se
ao texto de Número 21:8-9, João escreveu (3:14-15): “E do modo por que Moisés
levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja
levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna”.
Após
a sua crucificação - o suplício do meio-dia até às três horas da tarde -, Jesus
está na cruz de braços abertos. Ao seu lado, dois ladrões (um dos quais se
arrepende e pede misericórdia d”Ele e Cristo lhe garante o paraíso ainda
naquele mesmo dia – Lucas 23:42-43) e a sua frente um povo sem misericórdia,
sem compaixão, sem qualquer temor do que estava fazendo. Então, Jesus olha para
o céu e fala: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou”
(Lucas 23:46). E naquele mesmo instante, o véu do santuário se rasgou em duas
partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas; abriram-se os
sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram (Mateus
27:51-52).
Mas,
três dias depois, mesmo com as armações do conselho de judeus – principais sacerdotes
-, que subornara os soldados com dinheiro para eles afirmarem que Cristo não
havia ressuscita, mas que tivera o corpo roubado pelos seus seguidores, Jesus
Cristo ressuscitou, sim. O fato foi real. Da maneira como havia sido predito
pelos profetas.
A
Bíblia relata que na madrugado do domingo, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe
de Tiago (Lucas 24:10) foram ao sepulcro, mas ali chegando o encontram aberto.
Entraram e não encontram o corpo de Cristo. Elas ficaram perplexas, mas dois
varões, com vestes resplandecentes, perguntam a elas: “Por que buscais entre os
mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos
preveniu, quando ainda estava na Galileia, quando disse: Importa que o Filho do
Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite
três dias depois” (Lucas 24:5-7).
Indiscutivelmente,
na sua morte, Jesus estava realizando a obra da redenção pelo derramamento de
seus sangue e que a sua morte sacrificial na cruz foi voluntária, vicária,
propiciatória e redentora (João 10:15; Romanos 3:24-25; 5:8 e 1 Pedro 2:24). E
na sua ressurreição física dentre os mortos, Deus confirmou a divindade de
Jesus e deu prova de que havia aceitado a obra expiatória dEle na cruz.
Hoje,
Cristo não está mais na cruz. Ele está vivo no seu alto e sublima trono. Mas a
história do seu sofrimento, morte e ressurreição continua viva e propagada nos
quatro cantos da terra para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna (João 3:16, Romanos 10:9-11).
Deus
vos abençoe!