Pr. Gomes Silva
A Seleção Brasileira de futebol está fora da Copa do Mundo da África. Sua derrota para a Holanda, hoje (2) deixou uma lição para quem pensa racionalmente. Antes, porém, vejamos o que vi neste dia fatídico da fraca Copa do Mundo.
De manhã fui ao centro da cidade, coisa que não faça costumeiramente. Na Praça da Bandeira, coração de Campina Grande, parei para contemplar milhares de pessoas correndo para chegar cedo em casa para alegra-se com a Canarinho. De coletivo, de mototaxi ou de carona. Não importava. A ordem era ir pra casa, preparar o churrasco, a cerveja e muita zuada.
Enquanto isto, lojas eram fechadas e o centro ia ficando cada vez mais vazio. Eu, lá, claro, na praça. Alguns passavam nem olhavam. De repente um senhor de uns 65 anos passava com um carrinho vendendo CD, DVD e fazendo ecoar o som de um hino evangélico das antigas, uma maneira de mostrar sua identidade com o Salvador, Jesus, O Cristo.
Diante de tanta pressa dos que passavam, comecei a imaginar a mesma cena. Agora com um personagem diferente. Em vez da Seleção Brasileira, o povo correndo para assistir ao um culto de louvor a Deus e meditar na sua palavra. A imaginação saiu da ficção para a realidade. Não, nada disso! Jamais veremos isto: O povo saindo de seu empregos às pressas para ouvir uma mengem de salvação. Primeiro porque, os donos dos estabelecimentos comerciais jamais permitirão isso; e depois porque os próprios empregados, em sua maioria, não querem nada com Deus. A bênção só na hora da dor; e o evangelho? Ah, esse tem que ser pregado como a multidão exige. Nada que reivindique mudança vida.
A partida entre Brasil e Holanda começa. O time de Dunga melhor em campo, mais valente, menos criativo com raríssima exceção a exemplo da jogada de Daniel Alves para Maicon, que fez lembrar Pelé 1970, quando colocou Carlos Alberto na cara do gol para marcar um golaço. Todavia, desta vez ficou apenas na jogada bonita. O segundo tempo foi atípico. A seleção “desapareceu de campo”. O time foi uma lástima. O goleiro vacilou, a melhor zaga do mundial bateu cabeça, restando apenas assistir a Holanda fazer dois gols, sem forças para reagir e partir para o hotel para arrumar as malas para voltar mais cedo para casa.
De novo na praça, agora para ver o retorno do povo às suas atividades. E vi mesmo. O amarelo já era diminuto, a alegria dera lugar à tristeza e os passos largos e rápidos de antes, perderam força para a lentidão pós-derrota.
Eles correram em busca de uma alegria que, como se sabe, é efêmera. Mas não querem buscar a verdadeira alegria, aquela que é para sempre e que só Jesus Cristo a tem para nos dá.
Lamentamos a perda do título, claro. Contudo, muito mais importante é agente se apressar para ser alcançado pelos braços de Jesus.