PARANÁ

sábado, 12 de março de 2016

Pode um cristão participar de manifestações públicas?

Renato Vargens
Volta e meia tenho sido abordado por alguns irmãos dizendo que um cristão que participa de manifestações populares pró- impeachment estão em rebeldia com a Palavra de Deus. Para justificar o que pensam usam o capítulo 13 de Romanos.

Primeiramente julgo que seja importante afirmar que acredito que todos aqueles que demonstram preocupação com Romanos 13, bem como o ensino de serem submissos às autoridades constituídas, demonstram desejo em obedecer a Palavra do Senhor o que é extremamente louvável.

Em segundo lugar  é fundamental que todos entendam que ser a favor do impeachment não caracteriza rebeldia a Deus e sua Palavra. Na verdade,  o impeachment  faz parte das regras do jogo, além é claro,  do processo democrático estabelecido pela constituição.

Em terceiro lugar  o processo de impeachment não é um golpe de Estado como estão afirmando os defensores da presidente Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores. No Brasil o Impeachment de um governante é um princípio constitucional e republicano, portanto, lícito. De acordo com a constituição brasileira, (Artigo 85, V) o presidente da República dentre inúmeras responsabilidades, deve zelar pela probidade da administração, o que não tem sido feito pela presidente Dilma Rousseff, visto que órgãos públicos, como por exemplo a Petrobrás foram saqueados por políticos inescrupulosos.
O teólogo Francis Schaeffer costumava dizer que Deus estabeleceu o Estado como autoridade delegada e não é uma autoridade autônoma. O Estado deve ser um agente de justiça para restringir o mal, punindo o malfeitor, e para proteger os bons na sociedade. Quando ele faz o inverso, não tem autoridade legítima. Ele se torna uma autoridade usurpada e, como tal, se torna ilegal e tirana”. Já o professor Franklin Ferreira enfatiza que na Carta aos Romanos a ideia de Paulo é mostrar aos seus leitores que o poder pertence exclusivamente a Deus. Franklin diz que do ponto de vista escriturístico as “autoridades do governo” nunca são chamadas de “poder” ou “poderes”, como se convencionou chamar na linguagem política contemporânea. Na carta, o único que tem poder é Deus, que vem a nós através do evangelho, que é Jesus Cristo morto e ressurreto, o único Senhor, e Senhor de todos. Já que o Deus todo-poderoso estabelece toda autoridade, essa tem um poder derivado e, por isso, limitado. Alem disso, Franklin afirma que quando as autoridades deixam de servir aos cidadãos, enaltecer o bem e punir o mal, deixam de ser autoridades legítimas.
Em quarto lugar,  segundo as leis do país, o cidadão tem o direito de se manifestar publicamente e de forma democrática e pacífica sua satisfação ou insatisfação com o governo e o Estado. Para a Carta Magna brasileira não existe insubmissão ou insurreição em discordar, protestar ou manisfestar-se  contra qualquer tipo de governo.
Para ler mais sobre o impeachment sugiro a leitura do texto: “Pode o cristão defender o impeachment de Dilma Rousseff?” (aqui) e “Romanos 13:1-7, os cristãos e os protestos contra o governo” de Franklin Ferreira (aqui).
Isto posto, afirmo que não existe insubordinação, insurreição ou até mesmo rebeldia em participar das manifestações públicas pró impeachment.

Pense nisso.

NOTA DA REDAÇÃO
IMPEACHMENT - É o processo instaurado com base em denúncia de crime de responsabilidade contra alta autoridade do poder executivo (p.ex., presidente da República, governadores, prefeitos) ou do poder judiciário (p.ex., ministros do S.T.F.), cuja sentença é da alçada do poder legislativo.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

AG GANHA UMA NOVA FAMÍLIA

Nesta terça-feira, dia 16 (02/2016), a cidade de Alagoa Grande ganhou mais uma família, formada pelos jovens Manuel Messias Gomes da Silva e Sthefany Lizete de Souza Gomes, membros da Igreja Assembleia de Deus.

Sthefany é filha do casal Jailton Oliveira Santos e Maria de Fátima de Souza. Já Messias é filho da irmã Lindalva Gomes de Macedo e de Manuel Raimundo Gomes da Silva.

Após a cerimônia, realizada no Fórum de Alagoa Grande, o casal recepcionou os “convivas” com um requintado almoço no prédio anexo à Igreja Assembleia de Deus.

Agradeço o convite recebido!



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

REALIDADE MAQUIADA

Pr. Gomes Silva

Vez por outra tenho visto (e ouvido) algumas perguntas marcarem o início do diálogo entre duas pessoas, as quais são respondidas, em sua maioria, fora da realidade.

- Oi, como vai você? A resposta sempre é a mesma de milhões de pessoas que são indagadas diariamente: “Vou bem”.

- Como estão as coisas? Resposta: “Tá tudo muito bem, tudo muito bom; Se melhorar estraga”.

Na verdade, isso é possível. Contudo, muitos escondem uma realidade. Nem todos falam a verdade. No cuidado para não expressar a verdade, acaba-se cometendo o pecado da “mentira” (Apocalipse 21:8).

Ao entrar em carro alternativo em Alagoa Grande em viagem a Campina Grande, o motorista me perguntou: “Pastor, tudo bem?” ao que lhe respondi: “Não”. Minha resposta causou um silêncio! Por que o silêncio? Porque todos estão acostumados com a velha resposta: “Tudo bem!”.

Após o “não”, para surpresa de todos ali, acrescentei: “Nem tudo está bem. Porém, o importante é que Deus está no controle de cada situação”.

Que direção seguir com esse exemplo acima? Fácil de entender. Tenho visto com tristeza pessoas, que frequentam igrejas evangélicas, expressarem uma felicidade, uma vida pomposa que na realidade é falsa. Até porque é inadmissível alguém que “serve” e cultua o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador viver feliz fora do padrão bíblico, uma vez que a própria palavra de Deus afirma que tal alegria é efêmera... Passageira. Você pode discordar dessas linhas escritas, afirmando, como justificativa, “que cada um é feliz como pode”.
Vamos aos fatos:
  1.     Uma pessoa que entregou sua vida a Jesus, recebendo-o como seu Salvador e troca-o por festas mundanas vive plenamente feliz?
  2.     Alguém que troca um culto de adoração a Deus por divertimento pode viver feliz?
  3.     Uma pessoa que descumpre o mandamento de Deus de aprender a palavra de Deus (Provérbio 28:9), em função da agenda com amigos(as) constantemente, pode viver feliz?
  4.     Quando uma pessoa vive dividida entre a igreja e o mundo, entre Deus e o diabo, entre a alegria do Espírito Santo e a alegria dos prazeres da carne pode ser feliz?
  5.    E o que dizer de alguém que deixa o cálice do Senhor (comunhão) pelo cálice do mundo?
Essa mesma pessoa está dizendo que “está tudo bem com ela” (?). Só que essa realidade não é contemplada pelo marido, pela amiga, pelo amigo, pelo pastor... Ela é vista pelo Senhor dos senhores. Deus conhece o estado espiritual de cada ser humano.

Deus sabe quando alguém está escondendo a própria realidade. E você, que se afastou do Senhor; que trocou o convívio com Jesus; que se mudou da casa de Deus para a casa do pecado; que expressas uma alegria escondendo-se do real estado do seu coração... vai continuar nessa vida?

Lembre-se: A eternidade, que está te aguardando, tem apenas dois lugares – céu ou inferno. Pra onde você quer ir? 

Foto ilustrava: google imagem

domingo, 27 de dezembro de 2015

JESUS, O ÚNICO CAMINHO!

Este é um período cujo foco principal é o “Menino Jesus”. Sai ano e entra ano e Ele continua sendo a “criança” mais destacada do Mundo, especialmente aqui no Brasil, mais por razões bem diferentes. Nascido de uma virgem, conforme profetizou Isaías (7:14) cerca de 700 anos a.C, Jesus veio com uma missão: Salvar o povo de seus pecados (Mateus 1:21b). Como O Verbo encarnado, Cristo veio como Luz para os homens (João 1:5), porém os seus não o receberam dignamente (João 1:11); calou-se diante da humilhação de seus algozes para cumprir a missão recebida do Pai e confirmada pelo Espírito Santo (Isaías 61:1).

A vida de Jesus Cristo continuará sendo contada e decantada por décadas. Ou melhor, até que tenhamos novos céus e novas terras (Apocalipse 21:1). Livros e mais livros, poemas, histórias de quadrinhos, séries e minisséries serão escritos a seu respeito. Porém, não faltará uma interrogação quanto à finalidade da sua encarnação e cujas dúvidas poderão ser dissipadas tão-somente mediante a leitura e o estudo da própria Escritura Sagrada.

Nessa linha de raciocínio, o nascimento de Jesus foi anunciado por Isaías e ratificado pelo anjo do Senhor ao aparecer em sonho a José (Mateus 1:20b), dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Bíblia Século 21). O apóstolo João explica esse nascimento, focando a encarnação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito existiria. A vida estava nele e era a luz dos homens" (João 1:1-4). Jesus é o verbo encarnado, que desceu do céu.

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sábado, 26 de dezembro de 2015

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: DEPUTADO PROPÕE AMPLA DIVULGAÇÃO DA LEI DO FEMINICÍDIO

No Mato Grosso, um projeto de lei ainda vai causar muita polêmica. A autoria é do deputado estadual Coronel Pery Taborelli (PV), que propõe que todos os estabelecimentos de ensino público e os departamentos da Polícia Militar daquele Estado divulguem, em suas dependências, a Lei Federal nº 13.104/2015, que prevê o feminicídio como crime hediondo. A reportagem de Edeson Santana repercutiu no portal da Assembleia Legislativa do Mato Grosso.

Pelo explícito no projeto, o parlamentar exige que as instituições públicas utilizem cartazes, panfletos, banners, revistas, jornais impressos, murais, mídias no espaço escolar e outras ferramentas de comunicação para ampliar as informações sobre a referida lei.

Segundo a proposição, no material a ser distribuído, deverá constar, no mínimo, o seguinte texto: "Lei Federal 13.104/2015: Feminicídio é o assassinato de mulheres em razão do gênero, pela condição de mulher. Ocorre, basicamente, no âmbito doméstico e familiar. A mulher é morta por ser mulher. É o resultado de um histórico de violência que aquela mulher vivenciou. É o assassinato de uma mulher por ódio ou misoginia (aversão a mulheres)".

“A lei do feminicídio traz a perspectiva de duas importantes mudanças. A primeira delas é responder à necessidade de que sejam tomadas providências mais rigorosas em resposta aos altíssimos índices de violência contra as mulheres no Brasil. A segunda, é evidenciar a existência de homicídios de mulheres por questões de gênero”, justifica Taborelli.

Lei Federal 13.104/2015 – Conhecida como Lei do Feminicídio, essa nova lei alterou dispositivos do Código Penal e passou a considerar crime hediondo o assassinato de mulheres em virtude de seu gênero, como o que envolva violência doméstica ou menosprezo e discriminação contra a condição feminina.
De acordo com o Mapa da Violência 2015, as estatísticas sobre feminicídio no Brasil são praticamente inexistentes, mas a recente promulgação da lei pode contribuir para que haja uma fonte mínima de pesquisa, a partir da tipificação dos boletins de ocorrência e dos inquéritos policiais.

A publicação aponta ainda que, dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013 pelo Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, mais da metade (50,3%) foram efetuados por um familiar da vítima. Isso representa aproximadamente sete feminicídios por dia.

O Brasil ocupa a 5ª posição mundial em taxa de homicídio de mulheres, num grupo de 83 países com dados consistentes levantados pela Organização Mundial de Saúde. Em 2013, foram 4,8 homicídios por 100 mil mulheres brasileiras. Em Mato Grosso, esse índice é maior – 5,8 – e o estado aparece na 11ª colocação entre as unidades federadas. Já a capital mato-grossense, Cuiabá, registrou a taxa de 6,6.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Contrariando as pesquisas

Pr. Gomes Silva

As manifestações realizadas na Paraíba (e grande parte do Brasil), apoiando o impeachment da presidente Dilma Rousseff, foram pequenas demais para a real situação administrativa do nosso País. Elas não ratificaram nas ruas a reprovação do Governo Dilma, atestada pelas recentes pesquisas de opinião pública, sobretudo a que fora realizada esta semana pelo Ibope esta semana.

A pesquisa do Ibope, cujo objetivo principal foi saber a opinião dos brasileiros sobre forma de administrar de Dilma, apontou uma reprovação de 70% dos entrevistados. Apenas  9% aprovam o Governo Dilma Rousseff, sendo que 1% não souberam ou não responderam. Já 20% acharam um governo regular.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

JESUS ESTÁ NO BARCO CONOSCO!

Pr. Gomes Silva

A Bíblia relata em Mateus 8:23-27, que Jesus Cristo e seus discípulos entraram no barco se seguiram mar a dentro. Contudo, um vento forte e as altas ondas surgiram à frente, causando grande temor dos tripulantes, menos Jesus, uma vez que estava dormindo.

Aqueles discípulos, vendo a tempestade aumentar não encontravam outra alternativa senão acordar o Senhor Jesus por quem foram acusados de não terem fé. O Messias, então, dá uma ordem às águas e ao vento, que se acalmaram.

A CEPEAPB em Alagoa Grande também enfrentou uma grande tempestade recentemente no mar da perversidade. Veio para destruir o barco. Porém, não conseguiu porque esse barco foi construído pelo Senhor Jesus a quem recorremos em jejum e oração.

O vento forte da desobediência e da desconfiança passou na área da cidade, levando alguns que não estavam firmados na rocha. Eles estavam firmes na areia da ilusão enquanto que outros pensaram em desistir da caminhada pela CEPEA sem razão para tal.

Todavia, Jesus havia entrado no barco e não nos abandonou. O tombo foi grande e não escondemos isso de ninguém. Mas estamos firmes na Palavra, trabalhando com afinco e administrando com muito cuidado o que Deus nos confiou.

E vamos continuar firmes, vislumbrando dias melhores para os cepeanos e acreditando no agir de Deus na vida de quem tem um lugar especial para o trabalhar renovador do Espírito Santo.

Não podemos parar. É claro! A Obra é grande e não podemos perder tempo com nada que nos tente tirar da direção de Deus, como aconteceu com Tobias e Sambalate ao tentarem obstaculizar o trabalho de Neemias na edificação dos muros de Jerusalém (Ne 4:1-23).

Vamos seguir com fé tudo que nos ensinou o homem de Nazaré: Obediência ao Senhor, temor a Deus; humildade, amor a Deus e ao próximo como a si mesmo, respeitando as diferenças alheias e esperando em Cristo tudo aquilo que é promessa registrada nas páginas das Escrituras Sagradas. E sem medo, pois, quem está conosco é maior do que aquele que está aí no mundo.

Deus abençoe a todos!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

OUTRO IMPEACHMENT?

Pr. Gomes Silva

Por causa da corrupção, milhares de brasileiros foram às ruas no último domingo externar sua insatisfação e pedir o Impeachment da presidente Dilma Rousseff. Diferentemente do que aconteceu à época de Fernando Collor de Melo, quando a nação teve a maioria de seus patrícios nas avenidas gritando “impeachment”, os atuais protestos não ganham fidúcia, pois há outros movimentos defendendo a atual inquilina do Palácio do Planalto.

Nesta quinta-feira, quatro dias depois dessas manifestações pedindo o banimento da presidente Dilma Roussff, partidos de esquerda, como PSOL, PT e PC do B e momentos sociais, como UNE (União Nacional dos Estudantes), CUT e Movimento dos Sem Teto, realizaram Atos pró-Dilma (ou melhor, “Movimento Pró-Corrupção”) em várias cidades do Brasil, defendendo a continuação dela na presidência e a permanência da democracia. Contudo, e mesmo que pareça paradoxal, apesar do apoio a presidente os manifestantes criticaram o ajuste fiscal, a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB ao tempo que pediram a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados.

Mas até que ponto o impeachment, agora, resolveria os atuais problemas da corrupção no Brasil e tantos outros que estão na mão do “detonador”? A dúvida existe e não podemos negar o acúmulo de denúncias todos os dias pela Operação “Lava Jato”. Como também não podemos camuflar a crise instalada no País pelo Governo do PT, o maior engodo administrativo de todos os tempos na política nacional.

Com Dilma ou sem Dilma o Brasil vive um momento drástico e nada disso, pelo que estamos vendo, não mudará. Sem direção, sem autoridade e sem credibilidade dentro e fora do País, o governo atual vive como pavão (“desculpe-me” o pavão pela citação): Dono de uma plumagem exuberante, ou melhor, bonito no discurso, porém vagaroso no agir e frágil nos disfarces com a recessão econômica, a corrupção interminável, o desemprego aumentando, a comida sumindo dos celeiros e os choques mensais nas contas de água e luz. Por que não mudará? Pelo menos é a concepção que tem o cidadão inteligente, dotado de conhecimento dos princípios norteadores de uma nação. A Bíblia, maior epítome de orientação de Deus ao ser humano, está esquecida por aqueles (ou aquelas) que deveria utilizar-se de seus escritos para cumprir sua missão.

Deus, em sua infinita soberania, antecipou ao povo o que poderia acontecer quando o ímpio está no poder. Em Provérbio 29:2, está escrito: “Quando o Justo governa o povo se alegra, mas quando o ímpio domina o povo geme (padece)”. Infelizmente, a gente ver tantas pessoas tentando resolver os problemas de natureza política, social, econômica e cultural, porém sem levar em conta a importância de Deus na história. Em assim sendo, seja quem for o investido de autoridade governamental nós vamos continuar sofrendo as consequências da inaptidão dos que se mantem além dos princípios das Sagradas Escrituras, que mostram claramente que, “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”.


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ALÉM DO IMAGINÁVEL

Pr. Gomes Silva

Mesmo antes das últimas eleições presidenciais, falava-se que o nosso País estava prestes a enfrentar uma de suas maiores tempestades administrativas. As previsões passadas, que vislumbravam praticamente apenas malefícios no campo da singularidade – principalmente na área econômica do Governo Federal -, hoje foram pluralizadas devido a gama de prejuízos para o povo brasileiro.

Não são apenas os problemas do plano econômico que se tornaram um caos no Brasil. Juntam-se a eles os de outros campos, cruéis da mesma forma. Um exemplo é o da política. Ela enfrenta, talvez, o pior descrédito desde o período ditatorial. Ou seja, nem mesmo no famigerado Governo Fernando Collor de Melo se viu tantas crises administrativas (entre as que foram publicizadas) do que no de Dilma Rousseff II. Sem falar em campos como agricultura, segurança pública, educação, Previdência Social, saúde e até o esporte bretão (Leia-se Confederação Brasileira de Futebol – CBF e seus filiados atolados em dívidas com a Previdência Social e trabalhistas).

A crise brasileira se agrava sem as mudanças das reformas estruturais, que tanto se esperava para este segundo governo da presidente Dilma Rousseff, a exemplo do Código Penal Brasileiro; uma melhor explicação e forma de discutir a maioridade penal para menores de 16 anos; a reforma política que ainda não saiu do campo das discórdias; a tão esperada substituição do ICMS por um imposto cobrado sobre a movimentação financeira realizada na unidade, que seria uma medida – em minha opinião -, racional e que asseguraria a cada ente federado, a autonomia para definir sua arrecadação, sem interferir na arrecadação dos demais e sem interferência do poder central, embora tenhamos a consciência de que esse tipo de tributação exige medidas monetárias complementárias que já poderiam ter sido abraçadas no Brasil e que são de fácil e inadiável implantação.

Aliás, quem não se lembra do dia 8 de março último? Durante plena comemoração do Dia Internacional da Mulher, Dilma reconheceu, em rede nacional de mídia, que “a crise brasileira era grave”.

Na realidade, a presidente está se enrascando. E os números da pesquisa do DataFolha, colocando o Governo Dilma Rousseff com o péssimo índice de avaliação dos governos federais de todos os tempos, com 71% de rejeição, sendo pior que a avaliação final do Governo Collor, que acabou em impeachment, levam-na ao desconforto do abandono. Vários partidos, como PDT e PTB já pegaram o boné e tomaram uma postura de “libertação” das benesses do Palácio do Planalto, abdicando de ministérios e outros privilégios para votar como quiserem a partir de agora.

Concordo, sim, com a análise do Frei Betto, publicada pela Rede Brasil Atual, na qual afirma: “ao jogar a governabilidade nos braços do mercado financeiro e do Congresso, em vez de investir na agenda de reformas, como a tributária e a política, o governo tenta colher frutos onde não semeou”.


E ai vai acontecer a máxima de que, “colhe-se daquilo que fora plantado”.