PARANÁ

domingo, 16 de dezembro de 2007

Qual a diferença entre esotérico e exotérico?

Quem os pratica em nossa sociedade?

Em nosso mundo cristão muitas dúvidas pairam sobre aqueles que ouvem ou pronunciam essa(s) palavra(s). Esotérico e exotérico fazem parte do grupo de palavras homófonas da nossa língua pátria. Mas vamos tentar explica-las conforme sua originalidade. São palavras gregas: esotérico (esoterikós), significa algo reservado aos iniciados, círculo restrito; e exotético (exoterikós), está ligado a exposição pública. Esta última é o antônimo da primeira.

Em síntese, baseada na filosofia, esotérico é todo o ensinamento ministrado a círculo restrito e fechado de ouvintes. Saber secreto. Em oposição, exotérico é o saber público, aberto a todos.

Após aclarar essas homófonas podemos, enfim, falar sobre os que fazem parte desses grupos, que acontecem em inúmeras vezes no nosso dia a dia. Um time de futebol, por exemplo, pode ser esotérico e exotérico. O primeiro quando os atletas se reúnem e nenhuma outra pessoa pode estar presente ou saber o que fora definido por eles e a Comissão Técnica. Já o segundo acontece quando os profissionais vão a campo para seus embates.

Contudo, as duas palavras estão mais ligadas a questões religiosas do que ao exemplo acima ou de outros milhares que poderíamos citar neste espaço. E são muitos os que fazem parte de tais grupos. E o pior: trabalham em lados opostos, cada um apresentando suas filosofias e destacando pontos falhos nos “opositores” como saída para justificar seus pontos de vistas, alguns, inclusive, com histerismo.

Contudo, dá para ver claramente quem são os que fazem parte do esosterismo e do exoterismo.
No esoterismo estão inseridas as seitas (do latim secta), termo derivado do particípio de secare (contar, separar) ou de sequi (seguir) com sentido de partido, escola, facção. Exemplos mais antigos são os fariseus. Na maioria delas, os seguidores são sectários, ou seja, eles têm muito zelo e dedicação à doutrina da seita da qual fazem parte. Entre essas seitas fechadas estão a Maçonaria, considerada uma sociedade secreta, que está ligada às lendas de Íris a Osíris, Egito ao culto a Mitra, vindo até a ordem dos Templários e à Fraternidade Rosacruz, outra seita.

Entre os exotéricos estão os evangélicos. Igrejas que professam publicamente que Jesus Cristo é Senhor; que Ele veio ao mundo para restabelecer uma nova comunhão entre o homem que lhe aceita como Salvador e Deus, com quem o ser humano perdeu essa comunhão por conta do pecado de Adão no Éden.

Mas é neste ponto que quero chamar a atenção dos leitores internautas. No mundo evangélico se fala muito das seitas ou grupos fechados (por incrível que possa parecer são centenas desses grupos espalhados na face da terra), todavia, dentro da comunidade evangélica existem os grupos fechados, não com a mesma visão das seitas, mesmo que tenham semelhanças em alguns aspectos.

A gente pode ver grupos evangélicos que não se juntam a outros. E muitos são conhecidíssimos. Mas referem manter-se isolados. Podemos ver a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Deus é Amor, Maranata e até alguns grupos de irmãos ligados à Igreja Assembléia de Deus entre muitos outros. E as causas? As injustificadas alegações são as de que os demais são mundanos, menos “santos”.

Eu, particularmente, entendo que existe um exagero muito grande da parte desses grupos fechados dentro da própria Comunidade Evangélica. Não se pode julgar a santidade de alguém pelo zelo e dedicação às doutrinas secundárias de certos líderes, responsáveis pelos referidos acima. Devemos, sim, buscar o equilíbrio bíblico-teológico sem menosprezar aqueles que seguem a Deus de forma contrária a nossa. O que existe ainda é um medo de perda: de membros, de espaço, de argumentos etc.

Todavia, temos que observar com precisão o que disse Jesus Cristo afirmou: Reino dividido não subsistirá. Só que, infelizmente, o homem natural, dizendo-se espiritual, insiste em dividir o Reino de Deus (aqui na terra), com suas idéias malucas e sem nexo com aquilo que é ensinado pela Palavra de Deus.

Mantemo-nos fechados para o pecado, para as injustiças, porém abertos para a manifestação da graça de Deus e o aprimoramento uns dos outros pelos laços do amor e da comunhão, conforme as Escrituras.

É isso que Deus espera de todos aqueles que professam o Seu nome!

Gomes Silva é natural de Picuí-PB, jornalista e atualmente pastoreia a Igreja Batista Independente em Parnaíba-PI

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A difícil tarefa de pregar o evangelho

Pr. Gomes Silva

Estamos acostumados a ver muitos empolgados subirem aos púlpitos para pregarem a Palavra de Deus. Até aí tudo bem. Nada de arrepiar, nada de sofrer as conseqüências da mensagem da Cruz. Estar lá em cima, visto por muitos dos quais vêm os parabéns pela mensagem satisfaz o ego de muitos desavisados. Pregar qualquer coisa, ilustrar uma mensagem com histórias (ou estórias) e levar os ouvintes a sorrirem é o que estamos vendo acontecer em muitas ocasiões.

Poucos, no entanto, querem ouvir e seguir os conselhos do apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo na primeira carta, capítulo 4, versículo 12: Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.

Para ser um pregador da Palavra de Deus, o pretendente, assim entendo eu, deve carregar sobre si essas qualidades recomendadas a Timóteo. Muitos estão pregando o evangelho, porém é um tristemunho. Nada de padrão bíblico. Nem mesmo dentro da comunidade da qual fazem parte.

É preciso ser padrão na palavra – tanto conhecedor do evangelho quanto naquilo de fala. Viver o que prega. Poderia ser: pregar o que vive, mas muitos não têm essa coragem. No caminho do procedimento, muitos estão se perdendo; amar, como mandam as escrituras, é complicado. Muitos amores acontecem por interesse naquilo que o outro pode oferecer em troca; na fé, as incertezas, pois a pregam e vivem murmurando do Senhor. Quanto à pureza, outra complicação. Poucos podem dizer o que Davi relata em Salmos 51:10, 15.

Todo pregador do Evangelho de Cristo deveria, antes de subir ao púlpito, dobrar os joelhos e perguntar a Deus como está a sua vida; antes de pregar, refletir sobre a importância de sua estada naquele lugar para anunciar as boas novas de salvação.

Afinal, pregar a palavra de Deus é uma grande responsabilidade. Responsabilidade que nem todos têm a felicidade de tê-la.


O autor é missionário, conferencista, jornalista, articulista de vários sites no Brasil e pastor titular da Igreja Batista Independente em Parnaíba-PI

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

PERVERSIDADE A TODA PROVA

Tem hora que não dá para entender. Como se sabe, o ministério deve ser feito com ética, respeito às opiniões individuais e coletivas. No entanto, existem cada uma no ministério que dá para arrepiar os cabelos da cabeça...
Por exemplo. Onde já se viu um diácono ou qualquer membro colocar alguém para vigiar o pastor de sua própria igreja? Simplesmente para saber com quem este conversa, o que conversa... e ainda tem gente que cai nessa besteira para fazer a vontade maligna.
Você pode até dizer: pastor Gomes conta outra, porque essa (es)história é de trancoso. Não. Não é não. Isso foi verdade, sim! por incrível que parece. Um caso, pra muitos, sui gêneris na igreja evangélica. Confessado publicamente durante reunião eclesiástica de uma determinada igreja no Estado do Piauí.
A maldade foi tamanha que depois de conseguir, via olheiro, o que o pastor e um grupo de obreiros conversavam, o esse diácono ainda procurou o pastor, na pior das intenções, e perguntou-lhe o que estavam conversando. Como o pastor, eticamente, não respondeu, este disse que não confiava mais no pastor. Dá pra acreditar? não dá mesmo. Mas, por incrível que parece, foi verdade, sim! E é porque é diácono. Imagine se não fosse???!!!

São os calos que surgem nos pés de homens investidos de autoridade de Deus para fazerem a sua obra aqui na terra.

sábado, 24 de novembro de 2007

O PREGADOR DO EVANGELHO

Prof. Anísio Renato de Andrade


Como anunciar a palavra de modo atraente e eficaz

Todo convertido pode anunciar o evangelho, mas nem todos se dedicarão a essa função de modo específico e exclusivo. Todos podem pregar, mas o verdadeiro evangelista fará melhor e obterá melhores resultados.

O ministério evangelístico assemelha-se ao trabalho de um vendedor, embora não estejamos vendendo a palavra de Deus. Em ambos os casos, encontraremos questões de habilidade, talento e eficiência.

O pregador, por maiores que sejam seus conhecimentos gerais, precisa conhecer profundamente a palavra de Deus, a bíblia.

Além do conhecimento bíblico e das técnicas de oratória, o fator atraente da pregação envolve dois elementos: dom e unção.

Se não fosse assim, qualquer pessoa poderia se tornar um grande evangelista. Sabemos, porém, que Deus deu esse dom a algumas pessoas (Ef.4.10-11). Quem não o tiver poderá se esforçar muito, sem conseguir o resultado desejado, ou então poderá pedir ao Senhor que lhe dê o dom.

O dom pode até suprir a falta das técnicas de oratória, mas não costuma substituir o conhecimento bíblico. Não se pode usar o dom como desculpa para a negligência.

O talento do pregador não é tudo o que ele precisa para ser eficaz, pois, se assim fosse, o indivíduo poderia se desviar do evangelho e usar o mesmo dom para propagar outro tipo de mensagem.

Comparemos o dom a um aparelho de rádio. Ele tem todos os componentes necessários para funcionar. Porém, isso só vai acontecer se estiver sintonizado à emissora. Assim, nosso dom vai funcionar perfeitamente, vamos ser porta-vozes de Deus, na medida em que estivermos ligados ao Senhor. O resultado vai ser a unção em nossa pregação e, por conseqüência, o fruto.

"Estar sintonizado" envolve oração, jejum e abstinência do pecado. Quando pecamos, estamos sintonizados em "outra emissora" e, ainda que falemos as palavras de Deus, elas não estarão vindo direto da boca de Deus.

Na pregação, existem dois elementos importantes: a mensagem e o mensageiro. A mensagem, por melhor que seja, pode ser destruída por um mensageiro mal preparado ou inadequado. Imagine se o repórter de um telejornal aparecesse com uma camiseta rasgada e com o cabelo despenteado. Isso influenciaria na receptividade de sua mensagem. O mensageiro precisa ter reputação e comportamento que inspirem credibilidade.

Voltando à figura do vendedor, sua eficiência será maior na medida em que ele conhecer o seu produto, tanto na teoria quanto na prática. Se ele mesmo usa e gosta do produto, seu entusiasmo vai contagiar o cliente. Da mesma forma, se o pregador fala sobre o evangelho, mas não existe entusiasmo em sua voz, se não existe paixão nem comprometimento, isso vai enfraquecer sua mensagem.

Além de tudo isso, acrescente-se o valor do exercício. Quanto mais você pregar, melhor pregador você será.

MEDITAÇÕES DO PR. GOMES SILVA

1. Olhe para nós... [novo]

2. Bodes em outros currais

3. Perversidade a toda prova

4.
A vida do ministro em poesia

BODES EM OUTROS CURRAIS

A gente vê no dia a dia tantas pessoas que não tem o mínimo de temor a Deus. Andam, caluniam, inventam histórias e parecem que nunca foram "Nascidas de Novo" - João 3:3-8.
Fico a imaginar o que se passa na cabeça de uma pessoa que se levanta contra pastor, forma grupinhos dentro da igreja para tomar o cargo de alguém...
Fico a imaginar como uma pessoa que está dentro da igreja há tempo consegue desfazer-se de sua espiritualidade (comunhão perfeita com Deus) simplesmente para atrapalhar quem quer trabalhar com seriedade na Obra de Deus.
Fico a imaginar como as pessoas brincam com a Obra de Deus.
Não. Não! Isso é inadmissível.
Mas infelizmente isso é uma constante dentro de muitas igrejas.
E quem quer trabalhar como manda o Divino, o Todo-Poderoso, acaba sendo vítima dos bodes, que, às vezes, acabam induzindo as ovelhas a cairem no mesmo buraco: O da desobediência.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

CRESCE O NÚMERO DE AIDS ENTRE AS MENINAS

Número de meninas com o vírus HIV já é maior que o de meninos entre 13 e 19 anos de idade Sabrina Craide Repórter da Agência BrasilSabrina CraideRepórter da Agência Brasil

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presença do vírus HIV nos jovens com idade entre 13 e 19 anos mudou de sexo na última década. Em 1997, havia 273 meninos e 258 meninas infectados pelo vírus. Em 2006, eram 223 meninos e 368 meninas contaminadas. Os dados fazem parte do Boletim Epidemiológico Aids/DST, divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde.

A mudança se deve principalmente a fatores sociais, avalia a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão.Segundo ela, estudos de comportamento mostram que, nas relações sexuais eventuais, 80% dos meninos usam preservativo e apenas 40% das meninas exigem o uso da camisinha.“Temos um trabalho muito grande para conscientizá-las e romper barreiras socioculturais que dizem que uma menina não pode sair para uma festa com preservativo na bolsa sob risco de ser mal interpretada.

Ela não leva e, na hora H, não tem para usar”.O boletim mostra que, em todas as faixas etárias, o número de mulheres contaminadas tem aumentado.Em 1985, a cada 15 homens infectados havia uma mulher contaminada.

Em 2006, a relação passou de 1,5 homem a cada uma mulher.A maior parte dos casos de contaminação no país concentra-se na faixa etária de 25 a 49 anos, tanto em homens como em mulheres.

Mas tem aumentado o número de pessoas infectadas que têm mais deCRESCE O NÚMERO DE AIDS ENTRE AS MENINAS 50 anos de idade. Em 1996, eram 1.257 pessoas com idade entre 50 e 59 anos.

Em 2006, esse número passou para 3.154.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Morte de Dona Reunião de Oração

Faleceu, na Igreja dos Negligentes e Frios na Fé, dona "Reunião de Oração", que já estava enferma desde os primeiros séculos da era cristã. Foi proprietária de grandes avivamentos bíblicos e de grande poder e influência no passado.

Os médicos constataram que sua doença foi motivada pela "frieza de coração e falta de vigilias". Constataram ainda: "dureza de coração e de joelhos"; os quais não se dobravam mais. Ainda diagnosticaram "fraqueza de ânimo" e muita "falta de tempo e de boa vontade".

A Dona Reunião de Oração foi medicada, mas erroneamente, pois lhe deram doses em grande quantidade de medicamentos errados, tais como: "reunião de louvor sem clamor e cansaço para buscar de madrugada", mudando-lhe o regime, mas isso não adiantou de nada.

Deram-lhe também "xarope de reuniões sociais" o qual a sufocou.

Ainda medicaram injeções regulares de "competições esportivas", o que provocou má circulação nas veias das amizades e artérias dos relacionamentos, provocando alguns males da carne tais como: "rivalidades e ciúmes", principalmente, entre os jovens.

Administraram-lhe muitos tabletes de "acampamentos" , e comprimidos de "clubes de campos", durante os quais ela deveria ficar de repouso, sem participar dos mesmos. Deram-lhe também para tomar muitas cápsulas de "gincana bíblica", mas apenas para lhe diminuir as dores da morte.

Resultado: Morreu Dona "Reunião de Oração!" A autópsia revelou: falta de alimentação apropriada com "O Pão da Vida", carência urgentíssima de líquido santo ("A Água Viva"), ausência quase total de limpeza e eliminação dos males que estavam em seu corpo através de "choro e lágrimas de arrependimento e falta de vigília na igreja".

Dona Reunião de Oração freqüentava a Igreja dos Negligentes, situada à Rua do Mundanismo, número 666. Após a morte da Dona Reunião de oração, a liderança da Igreja dos Negligentes resolveu eliminar quaisquer cultos de orações. Resolveu também que haverá cultos somente três vezes por semana, assim mesmo quando não houver feriados prolongados nos finais de semana, pois seus membros darão prioridade às suas agendas pessoais. Ao final de contas, Dona Reunião de Oração, já não existe mais para "importuná-los" .
Autor: "Desconhecido"
Nota do autor do blog:

Infelizmente, somos obrigados, sim, a concordar com este artigo.
A oração tem sido negligenciada nas igrejas e quando se cobra mais um pouquinho do povo, como forma de ajudá-lo a estar mais em comunhão com Deus, surge a frase: "Lá vem o santarrão". Desconhecem, esses, o que diz a Palavra do Senhor: sede santo porque eu Sou Santo. Precisamos resgatar a prática da oração sem cessar - na igreja, em casa, no trabalho, no ônibus. Em qualquer lugar e, em espírito e em verdade.

Pr. Gomes Silva

CONSCIÊNCIA MINISTERIAL: UM EXÉRCÍCIO DIÁRIO DO LÍDER

Pr. Gomes Silva

Antes de falarmos sobre o tema acima citado, nada mais conveniente do que mostrar a definição de “consciência” na concepção filosófica e teológica.

Filosoficamente, “consciência”, em síntese, é a faculdade que o homem tem de julgar o valor moral dos seus atos (Dicionário de Filosofia).

Quanto à teologia, “consciência” é uma palavra derivada do latim conscientia, que é um composto da preposição con e scio, que significa “saber junto”, “conhecimento conjunto com outros”, “o conhecimento que compartilhamos com outra pessoa”. E ainda: a consciência é a faculdade mediante a qual a pessoa distingue ente o moralmente certo e errado, e que a impulsiona a praticar aquilo que reconhece ser certo, refreando-a de fazer aquilo que é errado, e que pronuncia julgamento sobre seus atos, executando-o dentro da sua alma (cf. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã).

Consciência é o que todo líder precisa ter na sua caminhada diária como ministro do evangelho, eleito pelo Senhor dos senhores: Jesus Cristo para cuidar de Seu rebanho, enquanto a Igreja Santa e Imaculada não for tirada da terra.

O líder precisa inicialmente ter consciência de sua chamada, consciência do seu papel; consciência do trabalho a ser feito para manter o rebanho no rumo certo. Mas, para isto, ter consciência dos desafios que terá para lidar com ovelhas e os bodes cabeçudos.

Antes de continuar tenho que ser honesto, afirmando que não existe nenhum pastor (líder) perfeito. Mas precisamos ter consciência da responsabilidade que temos na condução do rebanho do Perfeito: Jesus Cristo.

Fico a lamentar quando vejo alguns amados vestindo roupa de pastor, que não foi feita para ele. E cujas atitudes me dizem que tal pessoa anda na contramão dos mandamentos de Cristo – João 21:15-17.

Jesus Cristo, que foi o maior líder e o maior formador de líderes da história, perdoou Pedro de suas três negativas e ainda incumbiu a pastorear suas ovelhas. E depois, o próprio Pedro, semelhantemente, convocou os líderes cristãos a exercer o ministério não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominador outras pessoas, mas sim, liderar pelo exemplo e ser recompensados pelo sumo Pastor (1 Pedro 5:1-4).

Em Mateus 20:25-28, Jesus Cristo revolucionou o conceito de liderança, quando mostrou aos discípulos que o líder cristão é um servo (Mateus 23:11). Não sabemos se entre os seguidores de Cristo, que ali estavam, existia algum que almejava status, riqueza, poder..., contudo sei que, se lá estivessem alguns dos nossos contemporâneos, certamente teriam ficado surpresos e decepcionados com tais declarações de Jesus, já que muitos pastores desconhecem o texto de Filipenses 2:5-11.

O homem, antes de pensar em ser um pastor, precisa ter consciência do seu chamado. Porque, certo disso, (e isso é obvio!) ele buscará conhecimento bíblico-teológico para exercer bem o seu ministério. Todavia, deverá buscar, ainda, nos pastores mais experientes, conselhos que lhes ajudarão a lidar melhor com o rebanho do Senhor.

Infelizmente – digo isto com muita tristeza -, existem muitos líderes espirituais que se consideram sábios o suficiente para não buscar essas ajudas e, na maioria das vezes, tomam decisões erradas, esdrúxulas, arrogantes e com instinto de perversidade, maldade etc. E ai daqueles que tentarem ajuda-los. Mas a Palavra de Deus nos alerta (Jeremias 23:1-4). Como sabemos, pastorear, qualquer pessoa pode fazer. Até mesmo um cachorro pode aprender a guardar um rebanho de ovelhas. A diferença estar em como lidar em cada situação, empecilho e desafios que surgem na caminhada, o que muitos ignoram.

A esses, faço as minhas palavras as de John MacArthur, Jr. Segundo ele, “pastorear um rebanho espiritual não é tão simples. É preciso ser mais que um caipira errante para ser pastor espiritual. Os padrões são altos, as exigências, difíceis de satisfazer (1 Tm 3:1-7). Nem todos conseguem unir as qualidades, e, mesmo dentre os que as juntam, poucos parecem se destacar na tarefa. O pastoreio espiritual exige um homem íntegro, piedoso, dotado de muitas habilidades. Ainda assim, ele deve manter a atitude e a postura de um menino pastor” (em Redescobrindo o Ministério Pastoral).

E por que tudo isto acima citado?

O que me levou a escrever este artigo “Consciência Ministerial: um exercício diário do líder” são os maus exemplos, vistos hoje em dia sendo praticados por muitos que estão na responsabilidade de conduzir bem o rebanho de Cristo.

Exemplos: Quando uma ovelha deixa de ir à igreja, cabe ao pastor procura-la para saber o que está acontecendo, mas têm líderes dizendo que a ovelha é que deve procura-los para dar explicação; quando uma ovelha está amuada e quase não fala com ninguém, alguém precisa fazer alguma coisa e esse alguém é o pastor. Se uma ovelha adoece, o pastor tem que visitá-la. Já vi caso de uma pessoa procurar o pastor para pedir uma orientação a respeito de tal fato e receber como resposta: tenho outras coisas mais importantes a fazer. Ta brincando!? Outros têm deixado a igreja sem doutrina, sem instrução, sem nada. E quando as ovelhas procuram uma boa alimentação em outros pastos verdejantes são perseguidas e colocadas de lado e esquecidas como se não fossem nada. Eles precisam ter consciência de que estão agindo de forma errada.

Nós pastores precisamos ter consciência de vários detalhes: o líder (pastor) deve cuidar do rebanho com amor, alimentar, conduzir, auxiliar, guiar, guardar, proteger e buscar as ovelhas perdidas. Temos que ser humildes para reconhecer nossos erros, saber que o bode precisa de rigor, mas reconhecendo que o rebanho não é só composto por bodes. Existem as ovelhas que precisam de cuidados especiais ou de um puxão de orelhas, simbolicamente falando, para voltar ao rumo certo e às práticas dos ensinamentos recebidos baseados na Bíblia.

Precisamos ainda ter consciência de que, na condição de pastor, não somos donos das ovelhas. Devemos cuidar delas sabendo que vamos prestar contas ao Senhor (1 Pedro 5:2-4; Hebreus 13:7 e 17).

(Abro esse parêntese para dizer que já fiz muita besteira como ovelha e como pastor; cometi muitos erros, mas nunca tentei tapar o sol com peneira; e sempre busquei ajuda de outros pastores – e até de ovelhas. E Por que não? -, com os quais aprendi muito. E isso não é demérito pra ninguém, e sim uma forma de melhorar o trabalho na Obra do Senhor, que deve ser feita com excelência mesmo com nossas deficiências).

Deixo alguns conselhos aos que acham que pode pastorear o rebanho do Senhor de qualquer jeito. Sirvam as ovelhas da mesma forma como gostaria que Deus lhes servisse; amem-nas da mesma maneira como gostariam de ser amados por elas. Contudo, não esqueçam de serem íntegros e exemplos para as ovelhas na Palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza (1 Timóteo 4:12 e 16) e sempre respeitando o direito dos outros.

Pare! Reflita o seu ministério. Veja-o com os olhos espirituais, e Deus vai te honrar a partir do momento que você reconhecer seus erros e acertos e pedir perdão pela negligência – se for o caso (Jeremias 48:10) e clamar por orientação e firmeza na condução das ovelhas.
Seja humilde, consciente e confiante!