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sábado, 29 de dezembro de 2012

ELES NÃO QUEREM UM PASTOR, QUEREM UM ESCRAVO!

Por Renato Vargens
Outro dia eu escrevi um texto sobre férias pastorais (leia aqui) e por mais incrível que possa parecer um número significativo de pessoas reclamaram considerando um verdadeiro absurdo o pastor tirar férias.
Houve alguns que disseram: "Férias pastorais? Ora, o diabo e os seus demônios não tiram férias e o pastor quer tirar?" Sou contra, bradou o fariseu da modernidade.
Noutra ocasião, um pastor amigo compartilhou que um dos diáconos de sua igreja disse: "Pastor, vamos aproveitar que o senhor está de férias e fazer uma visitinha?"
Caro leitor, lamentavelmente alguns dos evangélicos querem um escravo e não um pastor. Mesmo porque,  este tipo de gente acredita que o pastor tem que trabalhar o tempo todo sem direito a descanso, feriados  ou  lazer. Para os "workaholics" da fé, o pastor deve gastar todo o seu vigor visitando velhinhas ao final da tarde, paparicando marmanjos esquizofrênicos, além é claro de esmerar-se cotidianamente a resolver os problemas dos outros.
Esses hipócritas não vivem sem descanso, mas acham um absurdo com que os pastores dediquem parte do seu tempo as suas esposas e filhos num justo e merecido período de férias.
Infelizmente em virtude da pressão dessa corja religiosa não são poucos os pastores que perderam seus casamentos e filhos. O número de adolescentes desviados é assustador! Eu tenho um amigo pastor que perdeu o filho para o álcool, simplesmente pelo fato de ter dedicado todo o seu tempo a igreja, abandonando na esquina do esquecimento a família.
Prezado amigo,  por favor responda sinceramente: O que adianta o homem ganhar o mundo e perder os de sua casa? Lamento lhe informar que se você é daqueles que pensa que o pastor não deve tirar férias precisa urgentemente rever seus valores.
Como já afirmei anteriormente as férias pastorais são motivos de bênçãos para o ministro e para a igreja.  Sim! Isso mesmo! Para o pastor, que tem a oportunidade de renovar as suas baterias, além obviamente de investir INTEGRALMENTE na sua relação familiar. E para a igreja, que ao receber o pastor de volta o tem com gás novo pronto para um novo ano que se inicia.
Igrejas que incentivam os seus pastores a gozar de férias demonstram amor e consideração por aquele que com dedicação e esmero tem se doado a favor do reino.
Pense nisso!
Renato Vargens

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Renato Vargens será um dos preletores do XV Encontro Para a Consciência Cristã, que acontecerá de 6 a 12 de fevereiro de 2013, em Campina Grande-PB. Informações: www.conscîenciacrista.org.br

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O aborto e os evangélicos que rasgaram as Escrituras

Por Renato Vargens

Eu sou absolutamente contra qualquer tipo de aborto. Creio que o aborto é crime e assassinato, e fundamento minha crença naquilo que as Escrituras Sagradas me ensinam. Todavia, ao emitir minha opinião sobre o assunto, não foram poucos aqueles que me rotularam de fundamentalista execrável e de crente bitolado. Para piorar a situação os defensores da morte relativizaram a Bíblia considerando-a ultrapassada e arcaica.

Caro leitor, creio que a Bíblia é a nossa única e exclusiva regra de fé. Creio que na concepção, nos primeiros momentos de existência do embrião, uma vida se formou e que em virtude disso, promover o aborto é cometer assassinato.

Ora, no Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?" Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste". O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos que ainda hão de nascer". O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".

Prezado amigo, as Escrituras são por definição a única Palavra de Deus escrita como também a única expressão verbal das verdades de Deus publicamente acessível, visível, e infalível no mundo. A Bíblia possui suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; e somente ela é o árbitro de todas as controvérsias. Ela é o parâmetro para todas as decisões de fé e vida. Se junta a isso o fato, de que a autoridade das Escrituras é superior à da Igreja, da tradição como também de qualquer estrutura hierárquica religiosa, ou percepção humana.

Isto, posto, ao contrário de muitos que preferiram rasgar suas Bíblias, eu continuo afirmando à luz das Escrituras que aborto é crime, e que os que cometem tal ato, afrontam a santidade do Eterno. Como bem afirmou o ministro César Peluso, a única diferença entre o aborto e o homicídio é o momento da execução. 

Pense nisso,

Fonte: Blog do Renato Vargens

A hinologia evangélica e a teologia da vingança

Por Renato Vargens

A hinologia evangélica brasileira é muito complicada. Lamentavelmente boa parte dos nossos compositores não possuem uma boa teologia, o que contribui para o aparecimento de canções absolutamente antagônicas ao ensino das Escrituras. Um claro exemplo disso são as músicas cujo conteúdo incentivam o ódio e a vingança pessoal.

Veja por exemplo a canção "Sabor de mel" protagonizada pela cantora Damares: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender. Vai estar entre a platéia e você no palco, Vai olhar e ver Jesus brilhando em você” 

Um outro exemplo é uma música da Rose Nascimento que sistematicamente tem sido entoada em boa parte das igrejas evangélicas do Brasil:

“Não se deixe ser levado pela voz do opressor. Ele só sabe acusar. Não se renda porque ele já perdeu  Agora é a sua vez de humilhar” 

Como é que é? Sua vez de humilhar? É isso mesmo? Quem te viu passar pela prova e não te ajudou vai se arrepender? Será que é isso mesmo que eu li?

Caro leitor, o reformador Martinho Lutero acreditava que a música é um excelente instrumento de divulgação de boa teologia, todavia, o que vemos em nosso país são composições desprovidas de boa doutrina, o que muitas das vezes faz com que a Igreja Tupiniquim cante conceitos completamente apostos a doutrina dos apóstolos.

Pois é, participar de alguns cultos é um verdadeiro desafio, isto porque as canções entoadas em nossos cultos são absolutamente desprovidas de graça. Infelizmente  numa liturgia preponderantemente hedonista, este tipo de evangélico é extravagante, quer de volta o que é seu, necessita de restituição, determina a prosperidade e  anseia por vingança.

Prezado amigo, sem sombra de dúvidas vivemos dias complicadíssimos onde o Todo-poderoso foi transformado em gênio da lâmpada mágica, cuja missão prioritária é promover satisfação aos crentes. Diante disto, precisamos orar ao Senhor pedindo a Ele que nos livre definitivamente desse louvor, filho bastardo da indústria mercantilista gospel, o qual nos tem nos empurrado goela abaixo, conceitos e valores anticristãos cujo objetivo final não é a glória de Deus, mas satisfação dos homens.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a uma adoração cristocêntrica extirpando das nossas liturgias esse louvor inconsequente que em nada contribui para o engrandecimento do nome do Senhor.

Soli Deo Gloria!

Fonte: Blog do Renato Vargens

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Uma das maiores aberrações que já ouvi um pastor pregar

Por Renato Vargens

Vi no isso no facebook no "mar-dito" e não acreditei.

Confesso que ouvi uma das mais aberrativas pregações de toda a minha vida. Na mensagem o pregador afirmou que Jesus possuía uma casa de praia.

O cara fundamentou sua pregação num relato apócrifo de que Jesus assumiu aos 12 anos a carpintaria de seu pai e enriqueceu fazendo mesas e cadeiras.

No entanto o que mais me assustou no vídeo não foi as bobagens do herético pastor, mas sim a empolgação do povo com o ensino do falso profeta.

Sinceramente a ignorância bíblica dos presentes a esse culto me fez ruborizar de vergonha. Onde já se viu tamanha besteira? Pois é, para defender essa funesta teologia os "pastores de Genésio"estão dispostos a fazer qualquer coisa.

Caro leitor, diante do exposto, repito: Eu odeio a Teologia da Prosperidade. Repudio veementemente seus conceitos e doutrinas. Na pregação, só faltou o cara defender a tese de que Jesus possuía uma casa com 20 quartos, piscina, sala de jogos, sauna e campo de futebol.

Diante dessa loucura manipulativa resta-nos clamar a Deus por misericórdia, pedindo ao Senhor que abra os olhos do seu povo livrando-os do engodo proferido por lobos inescrupulosos.

Renato Vargens

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pode o pastor cobrar para pregar?

Pr. Renato Vargens*

Lamentavelmente se tornou comum os pastores cobrarem para pregar o Evangelho da Salvação Eterna. Infelizmente sei de casos de pastores cobrando até R$ 15 mil para "ministrar" numa conferência. Além disso, muitos destes exigem hotel 5 estrelas, cardápio variado, carro do ano a disposição e segurança full time.

Pois é, definitivamente a pregação do Evangelho tornou-se um grande bussinessonde o mais importante é fechar bons negócios.

Caro leitor, eu sou absolutamente contra aqueles que cobram para pregar. Jesus nunca cobrou para anunciar a salvação, como também nenhum dos apóstolos estabeleceram cachê para anunciar Cristo. Paulo, apesar de ter experimentado em seus ministério necessidades que envolvem a obra missionária, nunca exigiu que a igreja lhe enviasse ofertas, antes recebia de bom grado e com ações de graças aquilo que lhe era enviado. A verdade é que nenhum dos apóstolos do Senhor jamais estipularam uma quantia para pregar a palavra de Deus em alguma cidade.

Agora em contrapartida, existem igrejas que tratam o obreiro com enorme descaso. Há pouco soube de um fato escabroso. Uma proeminente comunidade cristã convidou um pastor para pregar em uma conferência. O pastor convidado era de um estado diferente da igreja, o que exigiu com que a viagem acontecesse no seu próprio carro. Durante três dias o pastor pregou intermitentemente o Evangelho. Ao final do congresso, os seus anfitriões, lhe estenderam a mão agradecendo a sua vinda sem contudo lhe dar uma oferta sequer, isso sem dizer que os hospedeiros tiveram a cara de pau de não pagar as despesas relacionadas a viagem do seu convidado.

Um amigo meu, líder de uma grande missão brasileira relata que não são poucas as vezes, que recebe de oferta R$ 50,00. Ele conta, que volta e meia viaja horas de carro, ônibus ou avião, se ausentando da igreja a qual é pastor, deixando em casa mulher e filhos, e que ao final da conferência recebe no máximo 100 pratas de oferta.

Prezado amigo, vamos combinar uma coisa? Sou absolutamente contra quem cobra para pregar o Evangelho, entretanto, não concordo com aqueles que agem com descaso não horando com dignidade os seus convidados. Há pouco, soube de um relato de um pastor que foi convidado para ser preletor de uma grande conferência, não é que a igreja que o convidou queria cobrar dele a inscrição no congresso? Veja bem, ele seria o preletor, e ainda assim queriam que ele pagasse a inscrição, mesmo porque, ele iria comer no local. Ora, isso é um deboche!

Pois é, bom senso nessas horas é fundamental. Sem sombra de dúvidas o pastor não deve cobrar para pregar, mas em contrapartida a igreja deve tratar seus convidados com decência e dignidade. Tirar o pastor de sua igreja e família e lhe dar "esmolas" ao final do culto afronta os ensinos bíblicos.

Diante disto minha sugestão é que a igreja pense duas vezes em convidar alguém para pregar. Se ela não tem condições de arcar com as despesas relacionadas a hospedagem, transporte e oferta, é melhor não convidar. Se não possui condições de cobrir as despesas mínimas, não convide ninguém, se organize, se capitalize, e no tempo certo convide alguém para pregar.

Pense nisso!
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* Renato Vargens é preletor do Encontro Para a Consciência Cristã, que é realizado aqui em Campina Grande pela VINACC, da qual somos um de seus diretores