PARANÁ

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tropa de Elite 3 - Uma história real.

Renato Vargens

O sucesso do filme Tropa de Elite 2, contribuiu em muito para a construção de uma melhor imagem da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Soma-se a isso o fato de que em virtude da guerra contra o tráfico, o BOPE, (Batalhão de Operações Especiais) desempenhou no dia de ontem de forma inteligente e brilhante a retomada de um conjunto de favelas (Complexo do Alemão) que a muito estava nas mãos da bandidadem. De fato , foi impressionante assistir pela televisão, centenas de marginais fugindo desesperadamente do poder beligerante do Estado.

Pois é, diante disto, tanto cariocas como fluminenses, que por um longo e tenebroso inverno tem sofrido em virtude da truculência da bandidagem, elegeram os soldados do BOPE, como os heróis do Brasil.

Hoje, os jornais, as rádios, a internet e a televisão, bem como toda sociedade civil aplaudiram de pé as ações efetivas e decisivas da policia no Complexo do Alemão.

Caro leitor, acredito que o fato da policia carioca ter resgatado de forma mágica o apoio da população, aponta exclusivamente para o surgimento de um novo "caso de amor" entre o cidadão e a polícia. Entretanto, apesar dos avanços do Rio, é importante que o carioca compreenda que muita coisa ainda precisa ser feito, e que se não houver vontade politica por parte dos governantes, lamentavelmente ainda experimentaremos dias dificeis.

Isto posto, afirmo sem titubeios que nem só de heróis vivem os homens. O problema da violência no Rio de Janeiro não se resolverá somente com incursões cinematográficas do BOPE nas favelas. Ações práticas e emergenciais precisam ser tomadas, a polícia necessita ser melhor remunerada, o efetivo policial precisa ser capacitado e treinado, a educação precisa ser priorizada, políticas públicas saudáveis, não assistencialistas precisam ser aplicadas, além do estabelecimento de uma parceria sólida entre sociedade civil, governo e policia militar.


Cidadão carioca e fluminense, o problema da violência é de TODOS, a violência atinge a TODOS, e sem a participação e engajamento de TODOS, estaremos fadados ao caos e a dor.


Chorando e orando pelo Rio.