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Foto ilustrativa [Google imagens] |
Ao
longo de quase vinte ano de ministério pastoral tenho acompanhado um número
incalculável de casais em diversos estágios. A maioria vive bem, embora
enfrentando algumas situações conflitosas no decorrer dos tempos. Contudo,
encontra em Deus o “porto seguro” para se renovar.
Mas
não podemos negar outra realidade: O número exorbitantes de relacionamentos
conjugais, que se desfaz em pouco tempo de convivência. Lamentavelmente, muitos
deles estão dentro de uma comunidade cristã, mas desconhecem as prerrogativas
inerentes a cada membro do núcleo familiar.
Em
muitos casos, esse fato deve-se à falta de instrução antes do casamento,
desinteresse enquanto noivos para se prepararem para uma vida a dois e ausência
de responsabilidade a partir do momento que os dois vão morar dentro de uma
casa.
1. FALTA DE INSTRUÇÃO
Essa
instrução deve ser feita com base na Palavra de Deus. Ela ensina como deve ser
o comportamento de cada cônjuge, a exemplo da exortação que o apóstolo Paulo
faz aos efésios:
“Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a você mesmo, e
a mulher trate o marido com todo o respeito.” (Efésios 5:33)
Segundo
Paulo, inspirado por Deus através do Espírito Santo, o marido deve amar a sua
mulher como a si mesmo. E a mulher deve respeitar (obedecer) o seu marido.
O
problema é que, além de não serem bem discipulados nessa questão, muitos jovens
(e até adultos) enfrentam o casamento como uma espécie de “teste”. Se der
certo, vamos em frente; caso contrário, cada para suas casas. Esse é um modelo
“mundano” e não cristão. Deus criou a família para existir até que a morte
separe os cônjuges.
“Por isso, o homem deixa pai
e mãe e se une a sua mulher, e os dois se tornam um só. Uma vez que já não são
dois, mas um só, que ninguém separe o que Deus uniu” (Marcos 10:7-9).
Em
sendo assim, podemos afirmar que tudo que é consolidado em Deus é inabalável,
seja um amor ou uma amizade, o que Deus une, nada poderá separar (Romanos
8:38-39).
2. DESINTERESSE NO PREPARO PARA UMA VIDA A DOIS
Quando
alguém almeja ser um profissional, a exemplo de médico, advogado, engenheiro,
professor, jornalista, o caminho é a universidade. São, em média (dependendo do
curso), cinco anos sentado nos bancos da faculdade para alcançar esse objetivo.
E essa profissão não é para toda a vida. Vai chegar um momento que as pernas,
os braços, a cabeça o impossibilitará de exercer aquela profissão.
Já
para o casamento, que é para a vida inteira – até que a morte separe o casal -,
ninguém (ou muito poucos) se prepara para essa grande jornada. O jovem ou a
jovem viveram 15, 20, 25 anos com seus pais e saiu da sua responsabilidade para
viver o resto da vida com quem – em muitos casos -, conheceu há pouco tempo.
Além disso, não conhece a família do seu cônjuge e muito menos seus objetivos
de vida a dois, profissional e religiosa.
Àqueles
que estão para casar e que ainda não foram discipulados com relação ao
matrimônio, aconselho a procurar conversar com as duas famílias juntas,
procurar alguém que tenha capacidade de lhe orientar corretamente sobre a vida
a dois. E não só isso. Também sobre o papel de cada cônjuge, comportamento e
responsabilidade no relacionamento.
Aos
que já estão casados e passando por conflitos, meu conselho é que você perdoe o
seu cônjuge, pois o perdão ajuda no processo de cura de suas dores e faz você
abrir mão da necessidade de punir a outra pessoa. Saiba que o perdão põe você
na posição de consertar o que está quebrado em seu relacionamento.
Outra
diga importante: Descubra o que seu cônjuge gosta, faça isso e continue a
fazer. Descubra o que ele não gosta e pare de fazer! Veja o que Jesus em Mateus
7.12:
"Tudo
quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles;
porque esta é a lei e os profetas." – Mateus 7:12
3. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE A PARTIR DA LUA DE MEL
Casar
é uma das maiores responsabilidade na vida de um homem e de uma mulher. Ela
começa quando se pensa na constituição de uma família, passando pela etapa
inicial - o namoro -, pelo conhecimento um do outro durante o noivado,
culminando com o enlace matrimonial.
Mas
o senso de responsabilidade aparece, já, a partir do momento que os dois passam
pela porta da nova morada. São anos pela frente, encarando situações diversas,
como conflitos emocionais, pensamentos completamente diferentes nas decisões
diárias, ausência de diálogo em alguns momentos, caras fechadas quando o
cônjuge é contrariado, discordâncias quando o assunto é dinheiro e a forma
“correta” de aplicação e as responsabilidades da manutenção da casa: Água, luz,
telefone, gás, feira, remédios e etc. Isso, até que a morte separe os dois!
Acontece
que, falta de instrução e o desinteresse no prepara para encarar uma vida a
dois, os cônjuges passam a “matar” o casamento com alegações refutáveis, como:
“Ah, eu não estava preparado para encarar um casamento”; “não gosto mais dele”
(Cônjuge); “ah, eu não amo mais ele”; “Vou separar e refazer minha vida.
Afinal, eu tenho direito de ser feliz”.
O
erro está na compreensão da definição da palavra casamento. “O casamento se realiza no momento em que o
homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer
vínculo conjugal, e o juiz os declara casados” - Art. 1.514, do Código
Civil Brasileiro. “O casamento estabelece
comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges”
- Art. 1.511, também do Código Civil Brasileiro.
Porém,
a definição clara pelo entendimento da Palavra de Deus é: Casamento é uma
aliança que é feita por um homem e uma mulher perante Deus e da sociedade com
juramentos de que suportarão um ao outro mesmo diante na tristeza ou na
alegria; na doença ou na saúde, com dinheiro ou sem dinheiro, na escassez ou na
abundância... E o que temos visto? São casais se separando sem nenhuma
justificativa plausível.
Outra
constatação é que, a maioria das separações acontece por falta de perdão,
humildade e de interesse em resolver os conflitos. É como se, “não resolvendo,
melhor ainda”. Nada disso. Todos os casamentos têm problemas e os cônjuges
devem trabalhar para salvá-los com ajuda de Deus. Porque é com aquele mesmo que
você casou que Deus quer lhe fazer feliz, conforme orientação a Bíblia aos cônjuges:
“Viva
alegremente com a mulher que amas, todos os dias da tua vida sem sentido, os
quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a
tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol”
(Eclesiastes 9:9).
Paulo,
ao escrever a Timóteo, afirma em sua primeira carta, capítulo 4, verso 8:
“Se alguém
não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a
fé e é pior que um descrente.” (1 Timóteo 5:8)
LEIA
ALGUNS VERSÍCULOS PARA EDIFICAÇÃO DE FAMÍLIAS:
Multiplicar
1
– “Mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o
homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só
carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus
uniu, ninguém o separe.” (Marcos 10:6-9)
2
– “Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e
subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre
todos os animais que se movem pela terra’.” (Gênesis 1:28)
Frutos do casamento
3
– “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas
mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem que
tem a sua aljava cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos
no tribunal.” (Salmos 127:3-5).
Causador de problemas
4
– “Quem causa problemas à sua família herdará somente vento; o insensato será
servo do sábio.” (Provérbios 11:29)
5
– “O avarento põe sua família em apuros, mas quem repudia o suborno viverá.”
(Provérbios 15:27)
6
– “Viva alegremente com a mulher que amas, todos os dias da tua vida sem
sentido, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade;
porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste
debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:9)
amar
8
– “Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a você mesmo, e a
mulher trate o marido com todo o respeito.” (Efésios 5:33)
Honrar pais
9
– “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e
tua mãe” – este é o primeiro mandamento com promessa” (Efésios 6:1-2)
10
– “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o
Senhor,o teu Deus, te dá.” (Êxodo 20:12)
11
– “Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze sua mãe quando ela envelhecer.”
(Provérbios 23:22)
Cuida da casa
12
– “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria
família, negou a fé e é pior que um descrente.” (1 Timóteo 5:8).
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Gomes Silva
Jornalista e pastor da Comunidade Evangélica Pentecostal Expressão de Amor no Estado da Paraíba (CEPEAPB)