Pr. Gomes SilvaParte da Imprensa brasileira vem dando destaque à separação do casal evangélico Kaká, jogador da Seleção Brasileira, e Carol Celico da Igreja Renascer, dirigida pelo apóstolo Hernandes e pela bispa Sônia Hernandes.
Comecei a “andar” na internet em busca de uma resposta plausível para a questão. Ouvi várias entrevistas dos dois casais, cada um querendo sair pela tangente, deixando seus admiradores sem a resposta certa e levando outros a suposição. Uma delas é a de que Kaká e sua digníssima haviam se afastado do evangelho o que fora descartado pela mulher do atleta.
Contudo, uma coisa me chamou a atenção. Foi uma entrevista de Carol ao programa TV Fama, da Rede TV. Ela disse que, “agora a igreja do casal é a própria casa”. Deixou claro, ainda, que, para ter experiência com Deus não precisa estar em algum lugar. “isto pode ser no trabalho, na academia, malhando...”
Fico tentando entender o que está passando pela cabeça desses dois jovens, que, como evangélicos, sempre foram considerados um exemplo, e não consigo. Dizer que não precisa mais congregar em uma igreja é simplesmente falta de conhecimento bíblico. Meu Deus!
Eles desconhecem textos importantes, que estão na Bíblia, ratificando o mandamento do Senhor, para que haja lugar definido para seus seguidores se reúnam para lhe adorar. Em Jeremias 18:2, Deus diz: “Levanta-te e desce à casa do oleiro. Lá ouvirás as minhas palavras”. No livro de Mateus 16:18, estão as palavras de Jesus Cristo: “...sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. O evangelho de João registra no capítulo 21:15-23, o diálogo entre Jesus e Pedro, quando Cristo manda que Pedro pastoreie as ovelhas Dele (Cristo). Pastorear é cuidar, aconselhar, zelar, tratar etc. E como isto é possível se não existir um lugar adequado?
Mas não é só isso. O livro de Atos historia o nascimento da igreja, inicialmente reunida em lares em função da perseguição por ela enfrentada, como está relatado no capítulo 12, quando Herodes se insurge contra Tiago e Pedro. E diz no versículo 5, que “Pedro estava guardado no cárcere;mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele”.
Kaká e muito mais a mulher estão inseridos no capítulo 10, versículo 25 de Hebreus: “Não deixemos de congregar-nos, como é o costume de alguns...”. Lendo esses textos sagrados concluo que os dois entraram numa barca furada. Só não sabemos quem conseguiu “transformar” a mente deles.
Na realidade, existe um povo que está pregando a Igreja em Casa, que combate o dízimo, que é bíblico; condena um templo, que é bíblico; desaprova a placa denominacional, quando sabemos que as igrejas sérias têm a Bíblia como sua regra de fé e prática, que é o que o Senhor quer de todos nós.
Na igreja que dirijo, temos grupos que se reúnem nos lares, como forma de evangelizar e proporcionar uma comunhão mais viva e próxima entre os irmãos. Todavia, existe um local onde nos reunimos semanalmente para congregar-nos, como mandam as Escrituras Sagradas.
Por essas e por outras coisitas que acontecem no mundo evangélico, sempre digo para a igreja que estiver pastoreando, claro pela misericórdia do Senhor: A gente passa o tempo todo se esforçando para dotar os membros de amplo conhecimento da Palavra de Deus, mas de repente chega alguém com falsas doutrinas e essas mesmas pessoas, que foram ensinadas esquecem tudo aquilo que aprendeu ao longo de sua vida. E seguem-no.
Assim como Kaká e Carol, muitos deixam a igreja maltratando-a e criando situações para não congregar. Infelizmente, a maioria acaba se desviando dos caminhos do Senhor, o que esperamos não acontecer com o camisa 8 da Seleção Brasileira e nem muito menos com a sua esposa, que chegou a ser chamada de pastora.
Ainda bem que Deus existe e sabe quem escolher para determinada missão, a exemplo do ministério pastoral.
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