Nesta segunda-feira (11/03), enquanto fazia uma live em Campina Grande pelo facebook, um rapaz entrou e fez um relato estarrecedor. Ele afirmou que estava envolvido com o jogo FREE FIRE e que não tinha mais paz, estava atordoado e sem saber como fazer para se livrar dele. Em certo momento, ele pediu socorro, dizendo? Salve, pastor. O que eu faço? eu mostrei os males do tal jogo e preguei a Palavra de Deus para o mesmo. Não me deu mais retorno.

Comentários
Jacinto Kudo Endo1:01:50 Salve pastor
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Jacinto Kudo Endo1:03:04 O q eu faço?
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veja a matéria abaixo e veja o quanto é perigo deixar crianças, jovens e adolescentes se envolverem com o tal FREE FIRE

Febre entre adultos, incluindo o atacante Neymar, e recorde de downloads no mundo inteiro, games virtuais do gênero Battle Royale tornaram-se a atração favorita também de crianças e adolescentes. Caracterizados pela interação entre os jogadores e por cenas violentas que culminam com a morte dos participantes, um a um, jogos como PubG, Fortnite e Free Fire acendem um alerta para os riscos que oferecem à saúde mental dos pequenos.
Segundo especialistas, podem estimular comportamentos reativos, aumentar a agressividade e levar ao vício em videogames – problema classificado como doença no início deste mês. “Não trazem benefício algum ao desenvolvimento cerebral e ainda aumentam as chances de promover a violência”, enfatiza a neuropediatra Cláudia Machado Siqueira, secretária do Departamento de Psiquiatria Infantil da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Como na vida real
Os games são indicados para jogadores a partir de 12 ou 14 anos, dependendo do título. Faixa etária dos amigos Cauã Pinheiro e Eduardo Silva, ambos de 14, que costumam passar até seis horas por dia disputando território e defendendo a própria vida diante dos oponentes do PubG – título preferido da categoria. 
“Costumo jogar à noite, nos feriados e fins de semana, mas, obviamente, nas férias o tempo aumenta. O que mais me atrai é a forma como o jogo simula a vida real”, diz Cauã. “Sobre matar, acho que ganhar um combate contra alguém é desafiador. Acaba gerando mais interesse e vontade de vencer”, comenta.
Assim como o amigo, ele tem sinal verde dos pais para entrar na competição virtual, desde que se comporte bem e tire boas notas na escola.
Já na casa de Gabriel Madureira de Aguiar e Silva, também de 14 anos, a conduta da mãe, Cinthia, é um pouco diferente. Na avaliação dela, jogos devem trazer distração e divertimento. “Se geram estresse, perdem o objetivo”, comenta.
O combinado com o filho é que o tempo livre seja usado como reforço positivo no fim do dia. “Se cumpriu as obrigações, tem direito a duas horas de tecnologia”, diz Cinthia, seguindo sugestão da psicóloga do garoto.

Vigilância
Ficar de olho não só no tempo de uso das tecnologias – sobretudo as que permitem interação com desconhecidos –, mas também no conteúdo acessado é a recomendação número um do psicólogo clínico José Olavo de Oliveira Malta, que atende crianças e adolescentes há 25 anos. 
“O que eles buscam é adrenalina e isso se dá por meio da violência. Não vamos satanizar os jogos e dizer que (as crianças) vão sair matando todo mundo. Mas isso opera na representação do imaginário, banaliza a violência. A distinção entre real e virtual depende da frequência e da quantidade de estímulo que o cérebro sofre. Os pais precisam estar envolvidos (com os filhos)”, destaca.
Em dezembro do ano passado, o PubG bateu recorde ao registrar mais de 3 milhões de usuários conectados ao mesmo tempo. Os confrontos podem ser jogados individualmente ou em esquadrões com até quatro players.
500 milhões: total de downloads do PubG, segundo o desenvolvedor; versão mobile, para Android, foi lançada em março deste ano
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Obsessão por videogame é reconhecida mundialmente como doença
Usada muitas vezes em tom de brincadeira, a palavra “vício” deixou de ser uma mera força de expressão quando se refere a videogames. Classificado pela OMS como uma condição de saúde mental, a definição foi incluída no manual de patologias que serve de parâmetro para o trabalho de médicos do mundo todo. 
Definido como Gaming Disorder (transtorno do jogo, na tradução para o português), o problema foi incluído, no início deste mês, na 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID). A decisão estava sendo estudada em comitês do órgão há quatro anos. 
Diagnóstico
Como não existem exames laboratoriais nem de imagem capazes de detectar o problema de saúde, acometa ele crianças, adolescentes ou adultos, o diagnóstico recomendado pela Organização Mundial da Saúde é essencialmente clínico e observacional. 
Dentre os principais sinais sugeridos pela organização mundial está jogar de forma persistente, recorrente e com padrão de intensidade de tempo. A atividade deve, ainda, interferir negativamente em outras atividades diárias, tais como ir à escola, dormir, estudar ou socializar-se com família e amigos. 
A recomendação é para que os “sintomas” sejam observados por um período mínimo de 12 meses, caso estejam comprometendo relacionamentos pessoais, sociais, familiares, educacionais ou ocupacionais. Estima-se que no mundo todo, 9% dos usuários de videogame tenham desenvolvido a doença. 
Ocasionado por games eletrônicos, o transtorno do jogo é diferente do Glambling Disorder – ocasionado pelo vício em jogos de azar, que envolvem apostas em dinheiro, em bingos, cassinos ou caça-níqueis. A última doença já havia sido incluída na versão mais recente da CID. 
36 horas: recorde de tempo que um australiano passou jogando um game de realidade virtual; o feito foi parar no Guinness Book
Além disso:
Psiquiatra da infância e adolescência, Ana Christina Mageste chama a atenção para a relação entre o perfil da criança e a possibilidade do desenvolvimento do vício em videogames. Ela explica que meninos com personalidade mais agressiva e que, habitualmente, demonstram mais interesse em jogos violentos, com armas e conflitos entre os oponentes, são mais suscetíveis a desenvolver o problema de saúde. 
A dica da profissional para os pais é para que investiguem o motivo do interesse nesse tipo de jogo. “O vício está muito ligado à personalidade da criança, à disponibilidade que apresenta para ser impulsiva. Diante disso, é importante que a família fique atenta sobre o porquê de a criança estar se interessando tanto por essa modalidade de game”, explica.
Além de problemas comportamentais, o acesso excessivo a jogos virtuais, sejam eles violentos ou não, pode causar distúrbios de sono, afetar o hormônio do crescimento, o rendimento escolar e até a alimentação. 
Jogos battle royale entre crianças
UM A UM
Nos games, jogados individualmente ou em pequenos esquadrões, vence o último que ficar em pé; jogadores têm à disposição farto menu de armas, incluindo metralhadoras, pistolas e até granada
Ponto a ponto:
Jogos de Batalha Real misturam três elementos: sobrevivência no estilo last man standing (último homem de pé), exploração do ambiente e coleta de recursos e equipamentos. Disputadas individualmente ou em pequenos esquadrões, as partidas funcionam da seguinte forma:

Após caírem de paraquedas num cenário específico, geralmente uma ilha, os jogadores ficam confinados e precisam coletar armas espalhadas pelo território. O único objetivo é eliminar uns aos outros até que reste só um homem de pé. Ao contrário da maioria dos jogos de tiro, quem morre não volta, a menos que comece outra partida. Durante a disputa, jogadores do mesmo “time” podem conversar através do fone de ouvido.

O número de pessoas online varia. Em PubG e Fortnite, por exemplo, são 100 players, em Free Fire, 50. Com o passar do tempo, o mapa do jogo vai sendo reduzido, forçando os jogadores a se encontrarem, facilitando a eliminação de um a um. Para eliminar os rivais, os jogadores têm à disposição armas como espingardas, carabinas, metralhadoras, escopetas, pistolas, granadas e até coquetel molotov. Também é possível escolher em um menu roupas, óculos, fantasias e estilo de cabelo para incrementar o avatar. 

Texto original: Hoje em Dia