O presidente Evo Morales anuncia na TV o cancelamento da medid [Crédito: Enzo de Luca/ABI/Xinhua] |
O presidente boliviano, Evo Morales decidiu neste domingo
(21) cancelar a aplicação do novo código penal do país, que vinha sendo alvo de
críticas de diversos setores da sociedade, como igrejas cristãs
igrejas-acusam-evo-morales-de-criminalizar-conversao-na-bolivia.shtml),
médicos, professores e outros.
Os religiosos diziam que as novas regras criminalizavam a
evangelização, o que o governo nega. O artigo 88 do texto incluía no pacote de
crimes que tratam do tráfico de pessoas o "recrutamento para a participação
em conflitos armados ou organizações religiosas ou cultos".
Para Morales, as críticas são parte de uma campanha para
atrapalhar seu governo.
"Decidimos cancelar o Código do Sistema Penal para
evitar confusões e para que a direita deixe de conspirar e não tenha argumento
para gerar desestabilização no país", afirmou.
Diversas entidades religiosas e da sociedade civil
planejaram uma série de protestos contra o governo devido ao novo código.
Também estava marcada uma manifestação de apoio ao presidente.
Com isso, o presidente prometeu no domingo enviar "uma
carta para a Assembleia Legislativa nos próximos dias" pedindo a anulação
do código. Ele também indicou que vai pedir aos parlamentares que refaçam a lei
sem seus pontos mais polêmicos.
Segundo Morales, as críticas da oposição contra as novas
regras estavam erradas.
"A mentira ganhou como tema de campanha", afirmou
ele em uma entrevista para o canal de TV estatal.
A decisão de cancelar o novo código acontece em um momento
que Morales completa 12 anos no comando do país e luta para disputar uma nova
reeleição.
Da Redação
Com informação de A Folha de SP
Com informação de A Folha de SP