O derrota de Luiz Inácio Lula da Silva nesta
quarta para quinta-feira confirmou mais uma vez que a “democracia no Brasil” só
existe (ou existia) no pensamento dos seguidores deles quando evocam os seus
direitos. Todavia, quando essa mesma democracia se exaure a seu favor, passam a
agredir seus algozes, desconhecendo os preceitos constitucionais segundo os
quais todo cidadão tem direito de ir e vir e à livre manifestação de
pensamento.
Tão logo ficou evidenciada a derrota de Lula,
a partir do voto da ministra Rosa Weber contra o habeas corpus, o líder do MST,
Alexandre Conceição, afirmou: “Não tem mais valsa. É porrada,é guerra, é luta e
venceremos”, uma apologia ao crime, à invasão de terra, à desordem. Ele disse
prometeu à reportagem da Folha de São Paulo, ocupar “todos os prédios públicos”
e “todas as terras”.
Na realidade, Lula e sua turma sabiam que iam
ganhar tranquilamente essa causa. Só não contavam com a “coragem” de Rosa Weber
de contrariar as esperanças petistas ao seguir orientação do relator, ministro
Edson Fachin. Ela foi chamada de traidora, mas traidora seria se ela tivesse
inocentado Lula e escancarado as portas dos presídios ao livre trânsito dos
presidiários.
A derrota de Luiz no STF foi um alívio para a
maioria da população, que, certamente temeu quanto a votação chegou 5 x 5.
Houve uma jogada de mestre do advogado do ex-presidente, José Roberto Batochio,
pedindo a dispensa do voto da presidente daquela corte, Carmem Lúcia, em quem
estava, naquele momento, o futuro de Luiz Inácio Lula da Silva. Ou em casa ou
na prisão.
Como o advogado lulista passou vergonha por não ter interpretado direito o regimento do supremo, Carmem Lúcia votou e rejeito o HC de Lula.
Longe de conhecer o significado da palavra
“democracia”, seguidores de Lula, irados, descontrolados e desconsolados
deixaram claro que iriam para a porrada, defendendo “um abril vermelho”. O
próprio Alexandre Conceição fez ameaças a órgãos de comunicação, a exemplo da
TV Globo, responsabilizando-a por "permitir que nosso povo seja
humilhado".
Mas, cadê a democracia que tanto o PT e os
seguidores de Lula falam e defendem? Quer dizer que ela só existe quando é para
favorecer os interesses petistas? Não, não senhores “vermelhos”. Não à
balbúrdia, não à agressão, não à destruição prédios públicos.
Temos que entender que nem todos os dias as vitórias são nossas parceiras. E, obviamente, é por isso, que corremos à procura delas. Mas, em não acontecendo da maneira como desejamos não implica que o mundo acabou. Agora, quanto ao futuro político de Luiz Inácio Lula da Silva e o êxito nas eleições presidenciais deste ano passou a ser uma incógnita.
Mas a democracia, não! Ela está de pé, mesmo com tantos ataques!