PARANÁ

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A hinologia evangélica e a teologia da vingança

Por Renato Vargens

A hinologia evangélica brasileira é muito complicada. Lamentavelmente boa parte dos nossos compositores não possuem uma boa teologia, o que contribui para o aparecimento de canções absolutamente antagônicas ao ensino das Escrituras. Um claro exemplo disso são as músicas cujo conteúdo incentivam o ódio e a vingança pessoal.

Veja por exemplo a canção "Sabor de mel" protagonizada pela cantora Damares: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender. Vai estar entre a platéia e você no palco, Vai olhar e ver Jesus brilhando em você” 

Um outro exemplo é uma música da Rose Nascimento que sistematicamente tem sido entoada em boa parte das igrejas evangélicas do Brasil:

“Não se deixe ser levado pela voz do opressor. Ele só sabe acusar. Não se renda porque ele já perdeu  Agora é a sua vez de humilhar” 

Como é que é? Sua vez de humilhar? É isso mesmo? Quem te viu passar pela prova e não te ajudou vai se arrepender? Será que é isso mesmo que eu li?

Caro leitor, o reformador Martinho Lutero acreditava que a música é um excelente instrumento de divulgação de boa teologia, todavia, o que vemos em nosso país são composições desprovidas de boa doutrina, o que muitas das vezes faz com que a Igreja Tupiniquim cante conceitos completamente apostos a doutrina dos apóstolos.

Pois é, participar de alguns cultos é um verdadeiro desafio, isto porque as canções entoadas em nossos cultos são absolutamente desprovidas de graça. Infelizmente  numa liturgia preponderantemente hedonista, este tipo de evangélico é extravagante, quer de volta o que é seu, necessita de restituição, determina a prosperidade e  anseia por vingança.

Prezado amigo, sem sombra de dúvidas vivemos dias complicadíssimos onde o Todo-poderoso foi transformado em gênio da lâmpada mágica, cuja missão prioritária é promover satisfação aos crentes. Diante disto, precisamos orar ao Senhor pedindo a Ele que nos livre definitivamente desse louvor, filho bastardo da indústria mercantilista gospel, o qual nos tem nos empurrado goela abaixo, conceitos e valores anticristãos cujo objetivo final não é a glória de Deus, mas satisfação dos homens.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a uma adoração cristocêntrica extirpando das nossas liturgias esse louvor inconsequente que em nada contribui para o engrandecimento do nome do Senhor.

Soli Deo Gloria!

Fonte: Blog do Renato Vargens