FIM DO MUNDO: “Relógio do apocalipse” é adiantado em um minutoO “Relógio do apocalipse” foi adiantado em um minuto na terça-feira e agora marca cinco para a meia noite, usada para ilustrar o fim do mundo. Criado em 1947 por cientistas atômicos americanos, ele leva em consideração o estado dos arsenais nucleares mundiais e sua proliferação, biossegurança e clima, entre outros fatores, para estimar o quão a Humanidade pode estar perto da extinção.
Na decisão deste ano, as mudanças climáticas ganharam peso. A última vez que o relógio havia sido movido foi em 2010, quando o otimismo em torno da eleição do presidente dos EUA Barack Obama aumentou as esperanças de uma maior cooperação mundial e levou-o a marcar seis minutos para a meia noite.
- Está claro que as mudanças que pareciam estar ocorrendo naquela época não se materializaram – explicou Lawrence Krauss, copresidente do “Boletim dos Cientistas Atômicos”, responsável pelo relógio. - Hoje, diante do perigo real e imediato da proliferação nuclear, das mudanças climáticas e do contínuo desafio de encontrar novas fontes de energia sustentáveis, os líderes mundiais continuam a agir como se nada estivesse acontecendo.
O “Relógio do apocalipse” esteve mais próximo de marcar o fim do mundo, em dois minutos para a meia noite, em 1953, no auge da Guerra Fria, quando tanto EUA quanto a extinta União Soviética testaram poderosas armas termonucleares em um período de nove meses. Já em 1991 ele atingiu seu ponto mais afastado, 17 minutos para a meia noite, quando os dois países assinaram um ambicioso tratado de desarmamento e a chamada “cortina de ferro” se abria.
“A comunidade global pode estar próxima de um ponto sem volta nos esforços para prevenir catástrofes devido a mudanças na atmosfera da Terra. A Agência Internacional de Energia prevê que se a sociedade não começar a construir alternativas às tecnologias de geração de energia emissoras de carbono nos próximos cinco anos, o mundo está condenado a um clima mais quente e severo, secas, fome, falta d‘água, elevação do nível do mar, desaparecimento de nações insulares e acidificação dos oceanos. Como as usinas movidas a combustíveis fósseis e a infraestrutura construída no período 2012-2020 produzirão energia – e emissões – por 40 a 50 anos, as ações tomadas nos próximos anos no colocarão em um caminho impossível de ser mudado. Mesmo que os líderes políticos decidam no futuro reduzir a dependência de tecnologias emissoras de carbono, será tarde demais”, avaliam os cientistas em comunicado sobre a decisão.
Fonte: Blog Mari Fuxico com O Globo
Na decisão deste ano, as mudanças climáticas ganharam peso. A última vez que o relógio havia sido movido foi em 2010, quando o otimismo em torno da eleição do presidente dos EUA Barack Obama aumentou as esperanças de uma maior cooperação mundial e levou-o a marcar seis minutos para a meia noite.
- Está claro que as mudanças que pareciam estar ocorrendo naquela época não se materializaram – explicou Lawrence Krauss, copresidente do “Boletim dos Cientistas Atômicos”, responsável pelo relógio. - Hoje, diante do perigo real e imediato da proliferação nuclear, das mudanças climáticas e do contínuo desafio de encontrar novas fontes de energia sustentáveis, os líderes mundiais continuam a agir como se nada estivesse acontecendo.
O “Relógio do apocalipse” esteve mais próximo de marcar o fim do mundo, em dois minutos para a meia noite, em 1953, no auge da Guerra Fria, quando tanto EUA quanto a extinta União Soviética testaram poderosas armas termonucleares em um período de nove meses. Já em 1991 ele atingiu seu ponto mais afastado, 17 minutos para a meia noite, quando os dois países assinaram um ambicioso tratado de desarmamento e a chamada “cortina de ferro” se abria.
“A comunidade global pode estar próxima de um ponto sem volta nos esforços para prevenir catástrofes devido a mudanças na atmosfera da Terra. A Agência Internacional de Energia prevê que se a sociedade não começar a construir alternativas às tecnologias de geração de energia emissoras de carbono nos próximos cinco anos, o mundo está condenado a um clima mais quente e severo, secas, fome, falta d‘água, elevação do nível do mar, desaparecimento de nações insulares e acidificação dos oceanos. Como as usinas movidas a combustíveis fósseis e a infraestrutura construída no período 2012-2020 produzirão energia – e emissões – por 40 a 50 anos, as ações tomadas nos próximos anos no colocarão em um caminho impossível de ser mudado. Mesmo que os líderes políticos decidam no futuro reduzir a dependência de tecnologias emissoras de carbono, será tarde demais”, avaliam os cientistas em comunicado sobre a decisão.
Fonte: Blog Mari Fuxico com O Globo