PARANÁ

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sintab e seus mal-educados

Pr. Gomes Silva
Jornalista

Todo sindicato tem o direito de buscar o melhor para seus filiados. Contudo, o respeito deve prevalecer. Não é o que tem acontecido com o SINTAB, que tem faltoso em vários aspectos. A inauguração de uma creche escola modelo no bairro do Cinza, em Campina Grande, serviu para o povo entender a “filosofia” dos grevistas. E o que é pior: vários deles eram e são ligados à área da Educação.

Escalado para noticiar o evento, lá chegando fui despertado por gritos e zoada com de apitos. De um lado, o prefeito Veneziano Vital do Rego e sua equipe tentando inaugurar a creche; do outro, os mal-educados grevistas gritando e apitando, numa nítida tentava de atrapalhar a festa da democracia. Decepcionados, alguns familiares da homenageada nem conseguiram se expressar com precisão. O próprio prefeito sofreu na pele para fazer seu pronunciamento debaixo da “apitaria”.

Não tenho emprego no Estado nem sou funcionário público municipal. Por isso, posso expressar o meu sentimento de repúdio aos que fazem o Sintab.

A Constituição Federal de 1988 garante liberdade de expressão. Todavia, o que tem sido feito pelo movimento grevista, comandado hoje por este outrora competente sindicato, atrai para si a rejeição de grande parcela da população do Comportamento da Borborema, que não concorda com atos como o que fora registrado no bairro Cinza.

Resultado: Até agora o Sindicato não conseguiu nada. E para resolver, teve que recorrer à Câmara Municipal, na tentativa de sensibilizar o executivo campinense. E mais: Ameaçando, deixando claro, através do seu presidente, Napoleão Maracajá, que, da Tribuna da Casa de Félix Araújo, lembrou casos como o do ex-governador Tarcísio de Miranda Burity, que deixou o Estado sem pagar alguns meses ao funcionalismo e que, a partir de então, não conseguiu lograr êxito em mais nenhum pleito.

Eu pergunto: Será que o Sintab é tão forte assim, capaz de evitar que um determinado candidato não seja eleito? É bom que seus dirigentes desçam do pedestal, joguem a arrogância no lixo e busquem uma saída com inteligência. O funcionalismo merece respeito. Nunca, porém, com imposição (respeito não se impõe; conquista-se). É só lembrarem que até agora não conseguiram nada nessa greve. A prova está na busca de apoio da parte do Legislativo Municipal. Creio que, se a imposição não estivesse à mesa, há tempo esse impasse já teria sido resolvido.

Torço, sim, pelo fim da greve. E que os funcionários voltem ao trabalho; alguns deles repensem o papelão feito no Cinza e nunca mais faltem com respeito às autoridades e às pessoas que saem de sua casa, muitas vezes, para prestigiar uma solenidade como a inauguração de um grande benefício para o seu bairro e são impedidos de manifestar a sua gratidão aos responsáveis por tal feito.