Pouco antes de deixar Israel, o papa Bento XVI fez um último esforço para encerrar de vez a polêmica causada pelo bispo que nega o Holocausto e, ao mesmo tempo, abafar as críticas de quem havia considerado seus discursos anteriores sobre o tema insuficientes.
No aeroporto Ben Gurion, em Tel-Aviv, ele criticou o “extermínio brutal” dos judeus pelos nazistas – desta vez, citando os agentes do genocídio de 6 milhões de judeus, o que não havia feito antes e motivo pelo qual fora criticado.
O discurso anterior sobre o tema havia sido considerado tímido diante da polêmica gerada pela negação do Holocausto pelo bispo britânico Richard Williamson, cuja excomunhão foi suspensa recentemente pelo próprio Papa.
Em discurso de encerramento da viagem à Terra Santa, que durou oito dias, o Papa evocou sua visita na segunda-feira ao memorial Yad Vashem, em Jerusalém (o Museu do Holocausto) – segundo ele, “um dos momentos mais solenes” de sua viagem. E lembrou o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, o maior da época nazista:
– Foi lá que tantos judeus foram exterminados brutalmente por um regime sem Deus que propagou uma ideologia de antissemitismo e de ódio. Este capítulo horrível da história não deve nunca ser esquecido ou negado – disse ele.
Além de Israel, Bento XVI visitou a Jordânia e os Territórios Palestinos.
Fonte: Zero Hora