PARANÁ

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Evangelista: A religião não o pode salvar, mas a sua relação com Jesus pode

Missões

Mais de 34,000 pessoas lotaram o Coliseu North Charleston em Charleston, S.C., este passado fim-de-semana para escutar o evangelista Franklin Graham pregar a Boa Nova.

Mais de 34,000 pessoas lotaram o Coliseu North Charleston em Charleston, S.C., este passado fim-de-semana para escutar o evangelista Franklin Graham pregar a Boa Nova.

“Neste período de eleições é popular falar agora sobre religião,” disse Graham, presidente e director executivo da Associação Evangelística Billy Graham (BGEA, na sua sigla em Inglês) e da organização internacional de ajuda humanitária Bolsa do Samaritano, de acordo com a BGEA.

“Mas a religião não o pode salvar,” declarou ele. “É apenas através de uma relação com Jesus Cristo que podemos passar a eternidade com Deus.”

O Festival Lowcountry Franklin Graham que decorreu de 19 a 21 de Setembro, foi o maior evento evangelístico na história da cidade e a primeira vez que Franklin Graham ou o seu pai, o evangelista de renome Billy Graham, realizaram um evento da BGEA deste tipo na cidade.

Graham pregou todas as noites e desafiou a audiência a aceitar o amor, graça e perdão incondicional de Deus.

Ao fim dos três dias, 1,296 pessoas tinham respondido afirmativamente ao convite de entregar as suas vidas a Jesus Cristo.

O festival também incluiu música com a participação de bandas Cristãs populares como os Israel and New Breed, TobyMac, Newsboys, Casting Crows, Group 1 Crew, e o cantor gospel Kirk Franklin.

Outros pontos altos do evento incluíram uma mensagem especial de Mel Graham, sobrinho de Billy Graham, uma actuação musical do mais rápido dedilhador de cordas do mundo Dennis Agajanian, e dos compositores Irlandeses Keith e Kristyn Getty.

Para além dos eventos orientados para adultos, houve também um “KidzFest” no Sábado de manhã que contou com a participação dos God Rocks e Dennis Lee & Friends. Após a apresentação, 256 crianças responderam ao convite de entregar as suas vidas a Cristo.

Enquanto esteve na cidade, Graham visitou a Universidade de Charleston Southern onde desafiou centenas de estudantes para fazerem as suas vidas contar para algo e aproveitarem todos os momentos que têm na terra.

O festival de Charleston foi organizado por mais de 330 igrejas, e foi o quinto festival Graham deste ano. O último festival de Graham em 2008 será em Taipé, Taiwan, de 30 Outubro a 2 de Novembro.

Fonte: http://pt.christiantoday.com/

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Formação De Um Líder: A Essência De Um Líder Segundo O Coração De Deus (introdução)

Joyce Meyer

Alguns se tornam líderes porque possuem qualidades inatas de liderança.

Outros, que não as possuem, vêm a ser excelentes líderes mediante treinamento específico. Contudo, mesmo os líderes natos precisam de aperfeiçoamento, pois ninguém nasce totalmente preparado para tal incumbência.

Deus me chamou para o ministério há muitos anos, mas não foi da noite para o dia que me encontrei realmente preparada para assumir uma posição de liderança. Também não foi apenas uma questão de semanas para chegar ao topo da liderança. Cheguei a pensar que já estivesse pronta, mas, na verdade, não
estava.

O problema era que o fruto do Espírito não era visível em minha vida1 nem evidente em meu caráter. Eu não demonstrava possuir estabilidade, fidelidade, paciência, alegria, amor, bondade, gentileza nem mansidão. Quanto à humildade, era ainda pior: eu não tinha absolutamente nenhuma. Só pensava em mim mesma; só me importava com os meus próprios desejos, agindo como queria.

Se naquela época eu estivesse numa posição de liderança, ao invés de ajudar as pessoas a trazer à tona o melhor de si, como um líder deve fazer, eu certamente teria transformado a vida dos meus liderados e a minha própria numa tragédia. Apesar de tudo isso, porém, Deus me vocacionou para ser líder. Às vezes eu ficava me perguntando por que Ele não chamava aqueles que já se encontravam plenamente preparados para liderar. Hoje creio que Ele não o faz porque não conseguiria encontrar ninguém assim: tais pessoas não existem.

É impressionante constatarmos que há um grande número de pessoas talentosas que estão ociosas, sem fazer absolutamente nada. Talvez você, leitor, seja uma delas. Nesse caso, afirmo-lhe que o fato de Deus usá-lo ou não depende de muitos outros fatores além dos dons e talentos que Ele lhe deu.

O fato de Deus nos usar ou não está relacionado ao nosso caráter, à nossa maturidade, que é o fruto do Espírito, bem como à nossa conduta e à atitude do nosso coração. Neste estudo, quando menciono o coração da pessoa, refiro-me à maneira como ela se relaciona com Deus, com os outros e com as circunstâncias.

Poderíamos até mesmo substituir a palavra coração pela palavra atitude. Creio que Deus nem sempre usa as pessoas mais talentosas, mas aquelas que têm a melhor atitude interior, isto é, que têm um coração reto para com Ele.

Muitos tentam serem líderes, mas nunca passaram por um processo de treinamento. Também não amadureceram nem desenvolveram o caráter e têm uma atitude errada no coração. Se continuarem assim, creio que nunca serão os líderes que Deus quer que sejam. Para ser um líder forte, há certas experiências pessoais pelas quais precisamos passar, ao mesmo tempo em que devemos mantemos a atitude correta no coração.

Mas por que deveríamos querer passar por certas coisas para desenvolvermos o potencial que Deus nos deu? Bem, uma das razões é que só atingiremos a plenitude quando desenvolvermos esse potencial.

Alguns gostariam de desenvolver o seu potencial, porém não sabem nem por onde começar. Outros até o sabem, mas não sabem como avançar para alcançar a linha de chegada. Se você se enquadra em uma dessas categorias, livro A Formação de Um Líder o ensinará a alcançar seus alvos e a cumprir os bons planos de Deus para você. Irá também aprender o que é necessário para desenvolver as qualidades de um líder eficaz.

Leia o livro A Formação de Um Líder

domingo, 14 de setembro de 2008

Homens “sem coração” estão de volta a Campina Grande?

Pr. Gomes Silva

Houve uma época em Campina Grande que estacionar um carro em via pública ou mesmo dentro de uma garagem com “segurança” era um risco de ficar sem ele a qualquer momento. Era vê o dinheiro de anos de reserva para comprar um transporte virar cinza.

Os vândalos – “homens sem coração” -, se aproveitavam da ausência dos proprietários desses veículos e ateavam fogo usando gasolina, principalmente, simplesmente para se alegrar na desgraça dos outros.

Alguns desses vândalos foram presos através da ação das polícias civil, militar e federal. Contudo, outros foram citados, mas não foram para as grades. O tempo passou, mas agora a história começa a se repetir.

Em menos de 15 dias dois carros foram incendiados em Campina Grande. Um deles aconteceu ontem de madrugada próximo de minha residência no bairro das Malvinas. Lucenildo Barros, um vendedor, ainda alegre por ter comprado seu carro há 15 dias, foi despertado por vizinhos de seu pai, com a péssima notícia de que seu automóvel estava indo às cinzas. Ele não tinha pago nem a primeira parcela do financiamento.

Esses dois incêndios deixam as autoridades policiais preocupadas, pois, pelo que se vê a cidade pode estar voltando à onda de incêndios. Isso passa a exigir mais atenção e providência enérgicas dos que fazem a 2ª Superintendência Regional de Polícia Civil, 2º BPM e porque não dizer até a própria Polícia Federal.

Não se pode dar trégua a quem não em coração e trabalha em prol do maligno. As autoridades precisam entrar em ação antes que seja tarde demais.

Pr. Gomes Silva - Jornalista

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

VINACC realizará 1º Encontro Sobre os Malefícios da Pornografia para a Sociedade

Preocupada com a proliferação da prostituição através da pornografia no Brasil e no mundo, a VINACC realizará o 1º Encontro Sobre os Malefícios da Pornografia para a Sociedade (com entrada franca) dentro da programação paralela do XI Encontro Para a Consciência Cristã, marcado para o período do carnaval de 2009. O pesquisador carioca Cláudio José Rufino de Lima será o palestrante.

Ao ser convidado pela VINACC para ser um dos preletores do XI Encontro Para a Consciência Cristã, Cláudio José, mostrou-se muito feliz, dizendo que, “será um prazer fazer parte da equipe de preletores”, pois sempre ouvi falar desse evento, porém nunca tive a felicidade de conhecê-lo.

- Mas agora não terei apenas o prazer de conhecê-lo como também de ser um de seus preletores e principalmente para tratar de um tema que tem chocado o pai: a violência sexual e a pornografia. E tenho certeza que o resultado do evento será uma grande bênção -, disse Cláudio Rufino, que lançará em Campina Grande o seu novo livro: A Violência Sexual Infantil e a Reação Da Igreja.

O pastor e presidente da VINACC, Euder Faber, lembrou que o mundo está envolto à violência sexual infantil, vício pornográfico, vivendo, assim, dentro de uma batalha contra a pornografia e na contramão dos princípios bíblicos.

Dentro do 1º Encontro Sobre os Malefícios da Pornografia para a Sociedade, conforme o pastor Euder Faber, serão abordados temas de grande relevância para a sociedade, sobretudo para o meio evangélico, dentre eles: Os Malefícios da Pornografia para a Sociedade, A Inter-relação entre Pornografia, Violência e Pedofilia, e O drama do vício pornográfico.

Cada palestra, segundo o coordenador, tem a duração de duas horas, sendo que os últimos trinta minutos serão destinados à plenária, cujos participantes terão a oportunidade de tirar suas dúvidas com o palestrante através de perguntas, conforme o tema abordado.

Aconselhamento

As palestras do 1º Encontro Sobre os Malefícios da Pornografia para a Sociedade serão realizadas pela manhã, uma vez que, no período da tarde Cláudio José estará “livre” para atender individualmente os interessados em aconselhamento na área da sexualidade.

Essa idéia da coordenação do encontro em abrir esse espaço para Cláudio Rufino dá aconselhamento se dá em função do grande número de pessoas – cristãs e não-cristãs -, que sempre procuram alguém com quem possa sentar e tirar as suas dúvidas, como aconteceu nas edições anteriores.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O casamento de muitas igrejas com o “deu$” entretenimento

“Rico sou... e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap3.17 ACF)
(*) Wilson Franklim


Meu alvo neste artigo é demonstrar os meios pelos quais o entretenimento se introduziu nas igrejas evangélicas nos últimos 120 anos, sua forte presença hoje. E suas terríveis consequências para a pregação do verdadeiro Evangelho.

No final do século 19 o grande pregador Spurgeon deu o alerta, ele já prenunciava o declínio que estava por vir nas igrejas em relação à adoração: “O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto a existência e suplicar que fujam delas”.1 Nessa perspectiva, Tozer 60 anos depois em 1950 confirmava: “o entretenimento religioso já está em muitos lugares, rapidamente desalojando as coisas sérias de Deus”.2 Em 1970, Lloyd-Jones já mostrava a pregação, do Evangelho, em crise: a “tendência, hoje (1970), é de depreciar a pregação em prol de várias outras formas de atividade.”3

Todavia, observem a leitura de Timmerman, quase 25 anos depois das palavras de Lloyd-Jones (1990-95): “em muitas igrejas o sermão é uma ilha que diminui cada vez mais em um mar turbulento de atividades.”4 A pregação não é mais vista como sendo a voz de Deus falando ao seu povo.

Mas o que causou todo esse estrago nas igrejas?

I. O Surgimento do Show Business

Charles Spurgeon batalhou muito na Controvérsia do Declínio no final do século 19, mesma época em que a era da exposição começou a terminar. Paralelamente uma tendência mundial começava a nascer, o surgimento do entretenimento como centro da vida cultural e familiar. Essa nova filosofia de vida começou a se fortalecer cada vez mais, tomou corpo e norteou todo século 20. Prossegue no século 21 com vigor na vida secular e também na religiosa.

Desta forma, nasceu a era do Show Business a 110 anos atrás. Filmes, dramatizações, programas de auditório, inicialmente rádio e depois tele-novelas com advento da televisão, colocaram o show business no centro de nossas vidas e também de muitas igrejas.

No show business a verdade é irrelevante. O que realmente importa é se a pessoa está ou não sendo entretida, “feliz”... O estilo é tudo; portanto, atribui-se pouco valor ao conteúdo. Desse modo, se determinado programa está com super audiência, isso é o que vale.

No show business a forma como o veículo é passado ao povo se torna a mensagem. Portanto, pode-se dizer que o veículo é a mensagem.5 É essa maneira de pensar que rege o mundo atual. E também a grande maioria das igrejas seguidoras dos métodos a base de entretenimento.

II. Inicialmente a Igreja Resistiu a Sedução do “deu$” Entretenimento

Na realidade, durante séculos as igrejas se mantiveram firmes contra toda forma de entretenimento mundano dentro de seus cultos. Porque o reconhecia como um dispositivo de perda de tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência. E por manterem posições, de santas esposas de Cristo, as igrejas sofreram muitos ataques por parte do mundo.

Porém, nos últimos 60 anos, muitas igrejas se cansaram dessa luta. Optaram por ser politicamente corretas e passaram a oferecer uma alternativa de igreja que não confronte o pecado; que amenize o escândalo da cruz. Mas, principalmente, que ofereça uma mensagem de prosperidade financeira, e que fale o que o povo quer ouvir. Em fim, uma igreja mais “amigável” e atraente para com o mundo.

A idéia é que se a igreja não pode vencer o “deus entretenimento”, o melhor é unir forças com ele, e aproveitar ao máximo seus “poderes”. Razão pela qual se observa hoje, milhões sendo gastos em templos mais aconchegantes, com palcos especiais, sons de ultima geração, bancadas acolchoadas... E treinamento especializado do pessoal de liderança, mas, não o treinamento bíblico. O foco, agora, é investir na elite eclesial com muitos cursos de marketing, técnicas de crescimento rápido (numérico) de igreja e administração financeira. Por outro lado, o investimento nas pessoas, os membros, caiu drasticamente, pois estes não necessitam estudar a Bíblia, pois seus líderes já lhes fornecem tudo pronto. E assim, tonam-se uma clientela “vip”, ávida por consumir as tão propaladas “bençãos”. Que não são nada barato...

Face a alta rentabilidade das igrejas modernas, as maiores passaram a investir em empresas de comunicações, que alavancam cada vez mais seus business. Tamanha é a rentabilidade, que algumas mega-igrejas já possuem: bancos, mansões, jatinhos executivos, carros de super blindagem para os “semi-deuses” que as imperam...

Nessa perspectiva, o sucesso financeiro de alguns “semi-deuses”, através de suas mega-tele-igrejas, tem arrastado muitas igrejas de pequeno e médio porte a se tornarem pobres teatros de quinta categoria. Nas quais os respectivos produtores, mascateiam suas mercadorias com plena aprovação dos seus pastores. Pastores, estes, que sonham um dia se tornar um “semi-deu$”. E ainda citam textos bíblicos para justificar tamanha delinqüência.

Alguns pastores justificam que devemos estar a abertos às novas maneiras de evangelizar hoje. Que devemos abandonar o passado que nos enrijece (?). Porque se o método deu certo na mega-igreja tal é porque é bom. Será que toda essa opulência, e seus meios para aquisição de recursos tem a aprovação de Deus? A resposta é não.

Agora veja: Essa triste realidade que hoje sufoca o verdadeiro cristianismo é aquilo que a igreja flertava na época de Spurgeon (1890); que se tornou fascinação nos dias de Tozer (1950). E nos últimos 10 anos se converteu em obsessão doentia para grande parte do segmento evangélico, inclusive em muitas igrejas batistas.

O lamentável é que as mais variadas formas de entretenimento encontradas na igreja de hoje, em sua maioria, são completamente seculares. E pagãs em seu lado místico, desse modo, sem nenhum aspecto cristão.6

Ainda assim, a maioria dos pastores, atualmente, se renderam a adoção do entretenimento como parte litúrgica de seus cultos. O resultado foi

III. O Casamento da Igreja com o “deus” Entretenimento

O púlpito, em muitas igrejas, transformou-se em mero palco e a igreja, simples platéia. Pastores animam seus auditórios com frases de efeito, contentam suas igrejas com mensagens superficiais...”7

Para os padrões atuais, essas questões que tanto afligiram Spurgeon, e tantos outros, parecem insignificantes hoje. De certa forma, dá a impressão que todos nós já absorvemos tais práticas (de entretenimento no culto) como sendo normais. Por ex.: Encontros espirituais de jovens são realizados tendo como atração principal “shows de danças” inseridos nos “cultos”...

Outro equívoco que se tornou “normal” são as cantorias repetitivas, mas com muita emoção e sem entendimento. Orações inflamadas, regadas a muito “choro” onde todos falam ao mesmo tempo; brados de aleluias e até assovio são partes integrantes do culto moderno.

Se não bastasse tamanha distorção dos princípios litúrgicos do Novo Testamento. Após longo tempo de preparação (psicológica é claro) vem alguém (o líder “miraculoso”) trazer uma palavra de fé. A mensagem é muito mais de auto-ajuda que ajuda do auto. Ou então, um “ex-isso”, “ex-aquilo”; vem contar uma história mirabolante de impressionar a maioria (que pouco pensa). E, ao final, todos saem dizendo: nosso encontrão “bombou”, foi demais...

Em outras palavras, foi demais porque todos se divertiram e se sentiram bem. E há uma razão para isso: A maioria dos cânticos, orações e mensagens, são meios de auto-reconciliação, de auto-ajuda e auto-aceitação. O resultado final é a sensação de se ir para casa "aliviado" e se sentindo bem, contudo, infelizmente, sem ter verdadeiramente adorado o Santíssimo Deus.

O que condenamos não é entretenimento em si mesmo.8 Mas a equivocada utilização dessa prática como elemento de culto, e principalmente a maligna filosofia que está por trás de seu uso, a mudança no foco bíblico da igreja. Os evangélicos estão usando o entretenimento, nos cultos públicos, como ferramenta de crescimento de igreja sem nenhum filtro bíblico. Nem mesmo a razão, o bom senso está funcionando como filtro. Tal fato é uma subversão das prioridades da igreja descritas no Novo Testamento.

O modelo para o “pastor” dessa nova igreja, não é mais o profeta de Deus, o pastor bíblico. Ele agora é o executivo de grande empresa; o político; o animador de programas ( a semelhança dos auditórios das tvs). E assim índice de popularidade para a igreja moderna, se tornou muito mais importante que o nível de espiritualidade.

Contudo, o fato problemático permanece: hoje é difícil encontrar alguém que ouse levantar voz contra todo esse mundanismo dentro da igreja.9

Conclusão

Devemos estar cientes de que a introdução do entretenimento como parte cúltica corrompe a sã doutrina, descarta os instrumentos primordiais do ministério pastoral: pregação e ensino, o próprio método de Jesus.

A igreja jamais poderá mercadejar o ministério que recebeu de Jesus Cristo, como alternativa de entretenimento secular. A igreja é o corpo de Cristo (1Co12.27), suas reuniões são para adoração e instrução dos salvos (Ef. 4.12).

Nós pastores, somos embaixadores de Cristo para promover a reconciliação dos perdidos com Deus (2 Co 5.20). Não somos apresentadores e nem animadores de auditório; e nem camelôs. Nosso desafio hoje é nos purificar “de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2Co7.1).

Wilson é pastor da Ig. Batista em Vila Jaguaribe,
Piabetá-RJ.Contato: wilfran@gmail.com

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A alma católica dos evangélicos no Brasil

Augustus Nicodemus

Os evangélicos no Brasil nunca conseguiram se livrar totalmente da influência do Catolicismo Romano. Por séculos, o Catolicismo formou a mentalidade brasileira, a sua maneira de ver o mundo ("cosmovisão"). O crescimento do número de evangélicos no Brasil é cada vez maior – segundo o IBGE, seremos 40 milhões neste ano de 2006 – mas há várias evidências de que boa parte dos evangélicos não tem conseguido se livrar da herança católica.

É um fato que a conversão verdadeira (arrependimento e fé) implica uma mudança espiritual e moral, mas não significa necessariamente uma mudança na maneira como a pessoa vê o mundo. Alguém pode ter sido regenerado pelo Espírito e ainda continuar, por um tempo, a enxergar as coisas com os pressupostos antigos. É o caso dos crentes de Corinto, por exemplo. Alguns deles haviam sido impuros, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e roubadores.

Todavia, haviam sido lavados, santificados e justificados "em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Co 6.9-11), sem que isso significasse que uma mudança completa de mentalidade houvesse ocorrido com eles. Na primeira carta que lhes escreve, Paulo revela duas áreas em que eles continuavam a agir como pagãos: na maneira grega dicotômica de ver o mundo dividido em matéria e espírito (que dificultava a aceitação entre eles das relações sexuais no casamento e a ressurreição física dos mortos – capítulos 7 e 15) e o culto à personalidade mantido para com os filósofos gregos (que logo os levou a formar partidos na igreja em torno de Paulo, Pedro, Apolo e mesmo o próprio Cristo – capítulos 1 a 4). Eles eram cristãos, mas com a alma grega pagã.

Da mesma forma, creio que grande parte dos evangélicos no Brasil tem a alma católica. Antes de passar às argumentações, preciso esclarecer um ponto. Todas as tendências que eu identifico entre os evangélicos como sendo herança católica, no fundo, antes de serem católicas, são realmente tendências da nossa natureza humana decaída, corrompida e manchada pelo pecado, que se manifestam em todos os lugares, em todos os sistemas e não somente no Catolicismo. Como disse o reformado R. Hooykas, famoso historiador da ciência, "no fundo, somos todos romanos" (Philosophia Liberta, 1957). Todavia, alguns sistemas são mais vulneráveis a essas tendências e as absorveram mais que outros, como penso que é o caso com o Catolicismo no Brasil. E que tendências são essas?

1) O gosto por bispos e apóstolos – Na Igreja Católica, o sistema papal impõe a autoridade de um único homem sobre todo o povo. A distinção entre clérigos (padres, bispos, cardeais e o papa) e leigos (o povo comum) coloca os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas normais, como se fossem revestidos de uma autoridade, um carisma, uma espiritualidade inacessível, que provoca a admiração e o espanto da gente comum, infundindo respeito e veneração. Há um gosto na alma brasileira por bispos, catedrais, pompas, rituais. Só assim consigo entender a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e apóstolos autonomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o excomungava e queimá-la na fogueira. A doutrina reformada do sacerdócio universal dos crentes e a abolição da distinção entre clérigos e leigos ainda não permearam a cosmovisão dos evangélicos no Brasil, com poucas exceções.

2) A idéia de que pastores são mediadores entre Deus e os homens – No Catolicismo, a Igreja é mediadora entre Deus e os homens e transmite a graça divina mediante os sacramentos, as indulgências, as orações. Os sacerdotes católicos são vistos como aqueles através de quem essa graça é concedida, pois são eles que, com as suas palavras, transformam, na Missa, o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo; que aplicam a água benta no batismo para remissão de pecados; que ouvem a confissão do povo e pronunciam o perdão de pecados.

Essa mentalidade de mediação humana passou para os evangélicos, com poucas mudanças. Até nas igrejas chamadas históricas, os crentes brasileiros agem como se a oração do pastor fosse mais poderosa do que a deles e como se os pastores funcionassem como mediadores entre eles e os favores divinos. Esse ranço do Catolicismo vem sendo cada vez mais explorado por setores neopentecostais do evangelicalismo, a julgar por práticas já assimiladas como "a oração dos 318 homens de Deus", "a prece poderosa do bispo tal", "a oração da irmã fulana, que é profetisa", etc.

3) O misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados – O Catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões afro-brasileiras, semeou misticismo e superstição durante séculos na alma brasileira: milagres de santos, uso de relíquias, aparições de Cristo e de Maria, objetos ungidos e santificados, água benta, entre outros. Hoje, há um crescimento espantoso, entre setores evangélicos, do uso de copo d'água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas, pentes santos do kit de beleza da rainha Ester, peças de roupa de entes queridos, oração no monte, no vale; óleos de oliveiras de Jerusalém, água do Jordão, sal do Vale do Sal, trombetas de Gideão (distribuídas em profusão), o cajado de Moisés... é infindável e sem limites a imaginação dos líderes e a credulidade do povo. Esse fenômeno só pode ser explicado, ao meu ver, por um gosto intrínseco pelo misticismo impresso na alma católica dos evangélicos.

4) A separação entre sagrado e profano – No centro do pensamento católico existe a distinção entre natureza e graça, idealizada e defendida por Tomás de Aquino, um dos mais importantes teólogos da Igreja Católica. Na prática, isso significou a aceitação de duas realidades coexistentes, antagônicas e freqüentemente irreconciliáveis: o sagrado, substanciado na Santa Igreja, e o profano, que é tudo o mais no mundo lá fora. Os brasileiros aprenderam durante séculos a não misturar as coisas: sagrado é aquilo que a gente vai fazer na Igreja: assistir Missa e se confessar.

O profano – meu trabalho, meus estudos, as ciências – permanece intocado pelos pressupostos cristãos, separado de forma estanque. É a mesma atitude dos evangélicos. Falta-nos uma mentalidade que integre a fé às demais áreas da vida, conforme a visão bíblica de que tudo é sagrado. Por exemplo, na área da educação, temos por séculos deixado que a mentalidade humanista secularizada, permeada de pressupostos anticristãos, eduque os nossos filhos, do ensino fundamental até o superior, com algumas exceções.

Em outros países, os evangélicos têm tido mais sucesso em manter instituições de ensino que, além de serem tão competentes como as outras, oferecem uma visão de mundo, de ciência, de tecnologia e da história oriunda de pressupostos cristãos. Numa cultura permeada pela idéia de que o sagrado e o profano, a religião e o mundo, são dois reinos distintos e freqüentemente antagônicos, não há como uma visão integral surgir e prevalecer, a não ser por uma profunda reforma de mentalidade entre os evangélicos.

5) Somente pecados sexuais são realmente graves – A distinção entre pecados mortais e veniais feita pelo catolicismo romano vem permeando a ética brasileira há séculos. Segundo essa distinção, pecados considerados mortais privam a alma da graça salvadora e a condenam ao inferno, enquanto que os veniais, como o nome já indica, são mais leves e merecem somente castigos temporais.

A nossa cultura se encarregou de preencher as listas dos mortais e dos veniais. Dessa forma, enquanto se pode aceitar a "mentirinha", o jeitinho, o tirar vantagem, a maledicência, etc., o adultério se tornou imperdoável. Lula foi reeleito cercado de acusações de corrupção. Mas, se tivesse ocorrido uma denúncia de escândalo sexual, tenho dúvidas de que teria sido reeleito ou de que teria sido reeleito por uma margem tão grande.

Nas igrejas evangélicas – onde se sabe pela Bíblia que todo pecado é odioso e que quem guarda toda a lei de Deus e quebra um só mandamento é culpado de todos – é raro que alguém seja disciplinado, corrigido, admoestado, destituído ou despojado por pecados como mentira, preguiça, orgulho, vaidade, maledicência, entre outros. As disciplinas eclesiásticas acontecem via de regra por pecados de natureza sexual, como adultério, prostituição, fornicação, adição à pornografia, homossexualismo, etc., embora até mesmo esses estão sendo cada vez mais aceitáveis aos olhos evangélicos. Mais um resquício de catolicismo na alma dos evangélicos?

O que é mais surpreendente é que os evangélicos no Brasil estão entre os mais anticatólicos do mundo. Só para ilustrar (e sem entrar no mérito dessa polêmica), o Brasil é um dos países onde convertidos do catolicismo são rebatizados nas igrejas evangélicas. O anticatolicismo brasileiro, todavia, se concentrou apenas na questão das imagens e de Maria e em questões éticas como não fumar, não beber e não dançar. Não foi e não é profundo o suficiente para fazer uma crítica mais completa de outros pontos que, por anos, vêm moldando a mentalidade do brasileiro, como mencionei acima. Além de uma conversão dos ídolos e de Maria a Cristo, os brasileiros evangélicos precisam de conversão na mentalidade, na maneira de ver o mundo. Temos de trazer cativo a Cristo todo pensamento, e não somente os nossos pecados. Nossa cosmovisão precisa também de conversão (2 Co 10.4-5).

Quando vejo o retorno de grandes massas ditas evangélicas às práticas medievais católicas de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas, me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro não é, na verdade, um filho da Igreja Católica medieval, uma forma de neocatolicismo tardio que surge e cresce em nosso país, onde até os evangélicos têm alma católica.

Fonte, Revista Fé Para Hoje - Editora Fiel, Número 30, Ano 2007.

Enviado por Márcio Melânia

Não toqueis nos meus ungidosCiro

Sanches Zibordi

"A frase bíblica "Não toqueis nos meus ungidos" (Sl 105.15) tem sido empregada para os mais variados fins. Maus obreiros e falsos profetas se valem dela para ameaçar seus críticos; crentes mal-orientados usam-na para defender certos "ungidos"; e outros ainda a empregam para reforçar a idéia de que não cabe aos servos de Deus julgar ou criticar heresias e práticas antibíblicas.

Quando examinamos o contexto da frase acima, vemos que ela está longe de ser uma regra geral. Uma leitura atenta do Salmo 105 não nos deixa em dúvida: os ungidos mencionados são os patriarcas Abraão, Isaque, Jacó (Israel) e José (vv.9-17). Ademais, o título "ungido do Senhor" refere-se tipicamente, no Antigo Testamento, aos reis de Israel (1 Rs 12.3-5; 24.6-10; 26.9-23; Sl 20.6; Lm 4.20) e aos patriarcas, em geral (1 Cr 16.15-22).

Conquanto a frase não encerre um princípio geral, podemos, por analogia, afirmar que Deus, na atualidade, protege os seus ungidos assim como cuidou dos seus servos mencionados no Salmo 105. Mesmo assim, não devemos presumir que todas as pessoas que se dizem ungidas de fato o sejam. Lembre-se do que o Senhor Jesus disse acerca dos "ungidos": "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7.21).

É claro que a Bíblia apóia e esposa o pensamento de que o Senhor cuida dos seus servos e os protege (1 Pe 5.7; Sl 34.7). Mas isso se aplica aos que verdadeiramente são ungidos, e não aos que parecem, pensam ou dizem sê-lo (Mt 23.25-28; Ap 3.1; 2.20-22). Afinal, "O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade" (2 Tm 2.19).
Quando Paulo andou na terra, havia muitos "ungidos" ou que aparentavam ter a unção de Deus (2 Co 11.1-15; Tt 1.1-16). O imitador de Cristo nunca se impressionou com a aparência deles (Cl 2.18,23). Por isso, afirmou: "E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram" (Gl 2.6).

Aparência, popularidade, eloqüência, títulos, status, anos de ministério... Nada disso denota que alguém esteja sob a unção de Deus e imune à contestação à luz da Palavra de Deus. Muitos enganadores, ao serem questionados quanto às suas pregações e práticas antibíblicas, têm citado a frase em análise, além do episódio em que Davi não quis tocar no desviado rei Saul, que fora ungido pelo Senhor (1 Sm 24.1-6). Mas a atitude de Davi não denota que ele tenha aprovado as más obras daquele monarca.

Se alguém, à semelhança de Saul, foi um dia ungido por Deus, não cabe a nós matá-lo espiritualmente, condená-lo ao Inferno. Entretanto, isso não significa que devamos silenciar ou concordar com todos os seus desvios do evangelho (Fp 1.16; Tt 1.10,11). O próprio Jônatas reconheceu que seu pai turbara a terra; e, por essa razão, descumpriu, acertadamente, as suas ordens (1 Sm 14.24-29).

O texto de Salmos 105.15 em nenhum sentido proíbe o juízo de valor, o questionamento, o exame, a crítica, a análise bíblica de ensinamentos e práticas de líderes, pregadores, milagreiros, cantores, etc. Até porque o sentido de "toqueis" e "maltrateis" é exclusivamente quanto à inflição de dano físico.

É curioso como certos "ungidos", ao mesmo tempo que citam o aludido bordão em sua defesa — quando as suas práticas e pregações são questionadas —, partem para o ataque, fazendo todo tipo de ameaças. O show-man Benny Hinn, por exemplo, verberou: "Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá sua mão. Não toqueis nos meus ungidos..." (citado em Cristianismo em Crise, CPAD, p.376).

Quem são os verdadeiros ungidos, os quais, mesmo não se valendo da frase citada, têm de fato a proteção divina, até que cumpram a sua vontade? São os representantes de Deus que, tendo recebido a unção do Santo (1 Jo 2.20-27), preservam a pureza de caráter e a sã doutrina (Tt 1.7-9; 2.7,8; 2 Co 4.2; 1 Tm 6.3,4). Quem não passa no teste bíblico do caráter e da doutrina está, sim, sujeito a críticas e questionamentos (1 Tm 4.12,16).

Infelizmente, muitos líderes, pregadores, cantores e crentes em geral, considerando- se ungidos ou profetas, escondem-se atrás do bordão em análise e cometem todo tipo de pecado, além de torcerem a Palavra de Deus. Caso não se arrependam, serão réus naquele grande Dia! Os seus fabulosos currículos — "profetizamos" , "expulsamos", "fizemos" — não os livrarão do juízo (Mt 7.21-23).

Portanto, que jamais aceitemos passivamente as heresias de perdição propagadas por pseudo-ungidos, que insistem em permanecer no erro (At 20.29; 2 Pe 2.1; 1 Tm 1.3,4; 4.16; 2 Tm 1.13,14; Tt 1.9; 2.1). Mas respeitemos os verdadeiros ungidos (Hb 13.17), que amam o Senhor e sua Santa Palavra, os quais são dádivas à sua Igreja (Ef 4.11-16).

Quanto aos que, diante do exposto, preferirem continuar dizendo — presunçosamente e sem nenhuma reflexão — "Não toqueis nos meus ungidos", dedico-lhes outro enunciado bíblico: "Não ultrapasseis o que está escrito" (1 Co 4.6, ARA). Caso queiram aplicar a si mesmos a primeira frase, que cumpram antes a segunda!

Enviado por Márcio Melânia