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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cássio: Uma liderança dependente de tribunais

Pr. Gomes Silva

Que Cássio continua sendo uma grande liderança da Paraíba e do Brasil, ninguém tem dúvida. Mesmo errando – tanto é que foi afastado do Governo do Estado em 2009 -, o filho do poeta e intelectual Ronaldo Cunha Lima vem mantendo o respeito dos paraibanos, especialmente do povo de Campina Grande. Eleito senador pelo PSDB, ele conseguiu a extraordinária votação de mais de um milhão de sufrágios. Porém, em vão. Pelo menos na opinião da maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral que o considerou inelegível para as eleições deste ano.

Cássio havia perdido o mandato de governador após sua condenação por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação para tentar influir na eleição de 2006.

Essa derrota no TSE abalou a estrutura política de Cássio, que passa a ser uma referência inquestionável de “ficha suja” no País, embora a gente conheça o lado sério e administrativo dele. Para apagar essa imagem negativa a última esperança é o Supremo Tribunal Federal (STF) a quem ele deve recorrer da decisão do TSE. Só que o Supremo vai dizer apenas se o “Ficha Lima” vale ou não para as eleições deste ano. O que, infelizmente, será feito com muito atraso.

Eu, particularmente, “entendo quase nada” de processos eleitorais, porém sempre acreditei que Cássio estava mesmo inelegível. Ora, anos anteriores, o prefeito de Baraúna, Severino Pereira Gomes, foi condenado e afastado do posto simplesmente por ter sido acusado (sem provas, conforme fora relatado no processo - o que não entendi até hoje) de distribuição de ordens para a compra de cimento outro Município, no caso Picuí, quando nem candidato era em uma das duas cidades. O de Cássio era mais grave, pois envolvia a distribuição de 35 mil cheques da FAC além de propaganda indevida através do Jornal A União. Essa foi também o entendimento do relator, Ministro Aldir Passarinho Junior, para quem Cássio não poderia ter sido candidato porque a Lei “Ficha Limpa” estabelece que ficam inelegíveis por oito anos, contados a partir da eleição, os políticos que foram condenados por órgãos colegiados por abuso de poder.

Perguntas para tirar dúvidas

Pr. Gomes Silva

Não tem nada pior do que estar em dúvida e não ter ninguém para consultar. Claro, para tudo tem uma resposta, menos para os mistérios de Deus. Só que há, em muitas ocasiões, dificuldades para encontrar as respostas. Por isso, temos que indagar.

1. Por que Ricardo Coutinho não pergunta a Zé Maranhão o motivo pelo qual não concluiu as casas que foram iniciadas em Campina Grande, ali próximas às Três Irmãs, na administração do ex-governador Cássio Cunha Lima?

2. Afinal, quem está com a razão quanto ao Hospital de Trauma de Campina Grande: Quando Cássio foi afastado do Governo, o hospital estava com 10-15% de sua construção pronta, conforme disse o governador José Maranhão, ou Ricardo Coutinho, que afirmou no debate desta quinta-feira (21), na TV Borborema, que Maranhão pegou a obra com 80% concluída?

3. O vereador Fernando Carvalho vai receber, mesmo, o apoio de Veneziano, Vitalzinho, Nildinha e Zé Maranhão na corrida pela Prefeitura de Campina Grande em 2012? É o que povo da cidade espera.

4. Afinal, Ricardo Coutinho fez ou não fez o tal pacto com satanás a quem, segundo as informações, consagrou João Pessoa? As estátuas existem, mas qual a opinião do povo de João Pessoa?

Se você tem resposta para alguma dessas perguntas, envie para pr.gomessilva@gmail.com