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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Voto idólatra também atrapalha

MUITOS VOTAM E DEFENDEM ALGUÉM SEM PROCURAR SABER SUA PROCEDÊNCIA
Pr. Gomes Silva

Não sou comentarista político, mas vez por outra escrevo alguma coisa a respeito. Depois de mais de vinte e cinco anos metido a estrategista de campanhas municipais na Região do Curimataú, resolvi dá um tempo nessa área, principalmente a partir do momento em que fui convocado por Deus e consagrado Ministro do Evangelho. Doze anos depois, estamos de volta para ajudar a alguns amigos. E tenho visto tristes realidades. Uma delas é o “voto idólatra”. Aquele que o cidadão deposita na urna, prestigiando um candidato porque tem “paixão” por outro agente público que o apóia, e que, mesmo sem conhecer o agraciado com seu sufrágio, passa a defende-lo com unhas e dentes, sendo capaz, inclusive, de apagar de sua própria memória os erros cometidos por aquele político.

Se se o agente apoiador deixar de lado determinada candidatura, logo o eleitor, que antes defendia também aquela bandeira, segue os passos do seu “guru político”. Se possível até falado contra o “ex-excelente”. Ou seja, muito votam, sim. Não por ideologia, por convicção, por compreender uma proposta de governo, pelo trabalho já realizado por alguém que esteja pleiteando um cargo público, mas por atenção a alguém. Exemplo: Ele decide votar no pior dos candidatos, desde que ele esteja recebendo o apoiamento do seu ídolo.

Na condição de Ministro do Evangelho – mesmo respeitando a opção religiosa de cada um, desde que não fira os princípios da Palavra de Deus nem afete as questões morais -, entendo que para votar devemos observar o seguinte no candidato:

1. Ele é ficha limpa ou continua enrolado em seus problemas administrativos do passado...
2. Ele já esteve no mesmo cargo? E cumpriu pelo menos 50% das promessas de campanha...
3. Quais as procedências dele em sua vida particular e pública...
4. Ele tem sido parceiro do Reino de Deus ou das trevas?
5. O que ele tem como proposta, caso seja eleito?

Muitos, no entanto, trocam o trabalho, o controle administrativo da nação, Estado ou Município pela boniteza de uns, palavras bonitas de outros ou ainda pelas promessas mirabolantes de boa parte dos candidatos.

Tenho certeza que se a gente fosse mais criterioso na hora de votar, certamente a classe política pensaria duas vezes ou mais antes de aprontar para cima do eleitor a quem desrespeita continuamente.