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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A posição bíblica sobre Maria

Por Jabesmar Aguiar Guimarães

Caro amigo, não é o objectivo deste estudo criticar, atacar ou ofender a sua fé conforme o ensino que você recebeu. Queremos apenas esclarecer alguns pontos que divergem do que a Bíblia ensina sobre o cultuar, venerar ou adorar personagens bíblicos.

O nosso assunto trata da divergência entre cristãos Protestantes e Católicos Romanos no que diz respeito a posição bíblica de Maria no cenário religioso. Para tanto vamos recorrer tanto à Bíblia como a fontes históricas.

Queremos esclarecer que pessoalmente não temos nada contra a mãe do nosso Salvador (a Maria bíblica). É claro na Bíblia a importante posição de Maria dentro do Plano de Salvação que Deus providenciou para a humanidade. Ela era uma jovem judia temente a Deus que O adorava como o Único Deus Verdadeiro e por isso foi escolhida para gerar em seu ventre, por ação direta do Espírito Santo, o Messias prometido como o Único capaz de salvar todo aquele que nEle crer. Portanto, não poderíamos ignorar o seu importante papel dentro dos planos de Deus. O que queremos sim, é questionar de forma inteligente e respeitosa, e bíblica o elevado papel que os homens deram a bem aventurada Maria.

São estes pontos de divergência que iremos analisar para que o leitor possa tirar as próprias conclusões. Queremos oferecer ao leitor a oportunidade de conhecer o outro lado da moeda que tem sido ocultado propositalmente da grande maioria dos cristãos. Eis abaixo alguns deles:

1) A Imaculada Conceição de Maria.
Dogma oficializado pelo Papa Pio IX em 1854. Ele disse que a "santíssima virgem Maria foi preservada de toda mancha do pecado original no primeiro instante da sua concepção". No século VIII, a igreja na Inglaterra começou a celebrar uma festa da concepção de Maria.

Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo e doutor da Igreja Católica se opôs a introdução desta festa na França. Vemos, portanto, que mesmo entre os grandes homens da fé Católica houve divergência quanto a este assunto. Vejamos agora o que a Bíblia diz a este respeito: Simplesmente nada!!! É apenas uma doutrina dos homens. A Bíblia diz em Romanos 5:12: "Portanto, assim como por um só homem (Adão) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram." O amigo leitor pode ver que a Bíblia mostra claramente que o pecado entrou no mundo por meio de Adão e Eva e que todos os seus descendentes herdaram a essência do pecado. Esclarecemos que ao dizer que todos pecaram., a Bíblia, em nenhum, lugar isenta os personagens bíblicos do pecado original. A única isenção que ela faz é em relação ao Senhor Jesus Cristo afirmando que Ele jamais pecou. Olhemos para o livro de Hebreus 4:15: "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele (Jesus) tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado."

2) A Assunção de Maria.
Doutrina promulgada pelo Papa Pio XII em 1950 como necessária para a salvação. Ele declarou: "A imaculada mãe de Deus, a sempre virgem Maria, tendo completado o decurso da sua vida terrena, foi assunta, corpo e alma, para a glória celestial". Não existe base bíblica, apostólica ou pós-apostólica para apoiar esta doutrina. Até o século IV os cristãos celebravam uma festa comemorativa à morte de Maria. Somente no fim do século VII incluiu-se a assunção. Nicolau I por decreto, em 863, oficializou a festa da assunção de Maria. Portanto, vemos somente decisões humanas no sentido de colocar Maria num pedestal em que jamais a Bíblia prevê. É de se estranhar que um fato que seria de suma importância para os cristãos (caso fosse verídico) não tenha sido narrado por nenhum dos apóstolos em suas inúmeras cartas. A Bíblia ignora totalmente este assunto.

3) A Perpétua Virgindade de Maria.
É verdade que a Bíblia fala claramente sobre a concepção virginal de Jesus. Quando se achou grávida Maria era virgem e jamais havia se relacionado com um homem. A concepção virginal é uma verdade bíblica incontestável! Porém, dizer que ela continuou virgem depois do nascimento de Jesus não condiz com a verdade bíblica. Para não dizer que nossos argumentos são fundamentados na Bíblia dos protestantes apenas, vejamos o que diz a "Bíblia Mensagem de Deus" de uma editora católica (Edições Loyola): "Acordando do sono José fez como lhe tinha ordenado o anjo do Senhor: tomou consigo sua esposa, mas ele não teve relações com ela até quando deu a luz um filho a quem deu o nome de Jesus" (Mateus 1:24,25). Não vamos discutir se ela teve mais filhos ou não. O fato é que a Bíblia diz claramente que José não teve relações com ela até quando deu a luz a seu filho, Jesus. O termo "até quando" indica claramente que depois do nascimento eles tiveram uma vida conjugal normal.

4) Maria Como Intercessora.
Existem alguns pensamentos católicos no que diz respeito a Maria como intercessora pelos homens junto ao Senhor Jesus. Frases como: "Peça a Mãe que o Filho atende" ou até mesmo na Ave Maria que diz: "...santa Maria, mãe de Deus rogai por nós os pecadores... ". Como estamos analisando o ensino da Bíblia, vejamos o que ela diz: "Porquanto há um só Mediador (intercessor) entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos" (I Timóteo 2:5,6). Ora, se a Palavra de Deus afirma que só existe um INTERCESSOR como podemos aceitar a opinião daqueles que dizem haver necessidade de mais intercessores como a bem aventurada Maria e até mesmo outros santos?

Todo cristão autêntico tem livre acesso à presença de Deus. A Bíblia diz, em Hebreus 10:19,20: "Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santo dos Santos (na presença de Deus), pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne..." Isto significa que o caminho direto a Deus nos foi aberto por Jesus Cristo quando Ele derramou seu sangue na cruz do Calvário. Devemos então chegar até Deus diretamente em nome do Senhor Jesus. O próprio Jesus nos diz que devemos pedir as coisas a Deus no seu nome e não no de qualquer outra pessoa. Mesmo que esta pessoa seja alguém tão importante como Maria. Vemos isto em João 14:13,14: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei."

Um último esclarecimento se faz necessário quanto a pessoa de Maria. Ela mesmo reconheceu-se como alguém que tinha necessidade de um Salvador. No magnificat lemos as palavras proferidas pelos seus próprios lábios: "Então disse Maria: a minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, ..." (Lucas 1:46,47). Analise e veja se temos ou não razão para divergirmos seriamente sobre este assunto de tão relevada importância.

Querido (a) leitor (a), quem está com a verdade? A Bíblia ou os homens? A Palavra de Deus ou a dos homens? Não existem duas verdades sobre o mesmo assunto. Por exemplo: Se uma casa é branca, ela não pode ao mesmo tempo ser preta. Ou é uma coisa ou outra! Com as coisas espirituais é assim também. Ou a Bíblia está certa e os homens errados, ou os homens estão certos e a Bíblia errada. A escolha é sua. Em quem você prefere confiar? Nós confiamos na Palavra infalível de Deus, pois Ele não pode mentir (Tito 1:2).

Pegue a sua Bíblia, confira os textos citados e pesquise as fontes históricas.

Enviado por: Márcio Melânia