HISTÓRIA

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sábado, 8 de novembro de 2008

Perdemos o foco

Henrique Pedrosa

04 de novembro de 2008. Data histórica em que o primeiro negro foi eleito presidente dos EUA. A vitória de Barack Obama despertou esperança em várias pessoas das mais diversas nacionalidades por meio de discursos norteados pelo slogan “Mudança em que podemos acreditar”. A euforia mundial revela a fragilidade de todo homem que necessita ser liderado e ter esperança. Todavia, a igreja, como instituição, que deveria proclamar as Boas Novas que suprem essa dupla necessidade, tem perdido o foco da mensagem do Senhor Jesus.

O mundo está em busca de líderes. Prova disso é a grande quantidade de livros que tratam do assunto. O que impressiona é que esse tema também é tratado por editoras evangélicas. As mesmas oferecem ferramentas mágicas, uma espécie de passo-a-passo, que garantem uma influência de sucesso. Não precisamos de líderes. Precisamos ser liderados. Não podemos incorrer no mesmo erro dos israelitas quando pediram um rei (1Sm 8: 5), depositando nele todas as suas esperanças, mas em Deus. Israel recebeu Saul como rei e sonharam a concretização de seus desejos nele. No entanto, a história bíblica mostra o quanto o povo de Deus sofreu pela opção equivocada (1Sm 8: 18). Nós precisamos mostrar ao mundo que devemos ser liderados pelo Senhor.

Precisamos pregar a salvação! Todavia, perdemos o foco, pois estamos envolvidos com o mercantilismo, práticas judaizantes e movimentos de massa. Onde está a pregação pura e simples de que o homem é pecador, separado está de Deus e precisa crer no Senhor Jesus Cristo para reconciliar-se com o Pai? O homem não é produto de disputa comercial, atraído pela promessa de prosperidade ainda nessa vida. Mas, o homem é alvo da disputa espiritual e deve ser atraído pela promessa da vida eterna. Não para viver “mais”, mas para viver para sempre em comunhão com o Pai. Estamos nos moldando de acordo com o discurso de vozes potentes, mas vazias. A Igreja é portadora da mensagem que molda os corações e, por isso, a igreja, como instituição, deve proclamá-la.

Para concluir, uma rádio evangélica realizou, recentemente, uma pesquisa com seus ouvintes. A pergunta: a igreja deveria passar por uma nova Reforma? Creio que não necessitamos de uma nova Reforma, mas cumprir a vontade de Deus expressa na Sua Palavra – as Escrituras Sagradas. Pregar o evangelho puro e simples. Sob a direção (liderança) e inspiração (pregação) do Espírito. Esse deve ser o nosso foco.

Deus te abençoe.

NOTA DA REDAÇÃO

Além do que o irmão expressa em seu texto, muitas lideranças precisam descer do pedestal e servir seus rebanhos com: amor, respeito, carinho, mas, ao mesmo tempo, pregar a palavra de Deus como ela é. Muitos desrespeitam ovelhas, humilha-as e depois sobem no púlpito para descarregar seu "canhão" giratório, como se quem os escuta é obrigado a continuar ouvindo ladainha. E, depois, como forma de amenizar o que já está estragado, tentam passar uma mensagem de prosperidade, de oba-oba. Tudo para satisfazê-los.

Muitas lideranças deveriam sentar, refletir, entregar a igreja e ir tentar viver de outra forma... Porque muitos estão no lugar para o qual Deus nunca os chamou.
E os que Deus chamou estão pagando um alto preço por manter-se firme na postura correta.
Como pastor, eu prefiro ficar com o parágrafo anterior.

Fugindo da responsabilidade do casamento


Li uma matéria relacionada a casamento e estarrecido com a declaração de uma psicoterapeuta, de nome Margarete A. Volpi, de que a idéia de “unidos para sempre na alegria ou na tristeza pode trazer um sentimento de prisão e obrigação de manter um relacionamento para a vida toda, mesmo que eles não sejam felizes”. A ênfase dada é a de que a melhor maneira de se “viver bem” é ajuntar os trapos e dividir uma casa até que o dia que acharem que não dá mais para continuar juntos: cada um segue o seu destino.

Essa mentalidade apregoada por esta sociedade é preocupante. Por que o sentimento de amor não existe mais. O que existe, segundo esse ponto de vista, é a possibilidade de se passar alguns bons momentos juntos. Levando para o lado bíblico, sabemos que isso fere todos os princípios da Palavra de Deus, que prega o amor e a união conjugal entre pessoas de sexo oposto.

A palavra de Deus prega que o sexo – que está mexendo com a cabeça dessa sociedade desviada da verdade e que caminha na contramão do caminho do Senhor -, só dentro do casamento, que muitos não querem enfrentar.

Sobre isso, tenho minha opinião. Acho que muitos não querem casar é porque não têm convicção de estar com a pessoa certo ou ser a pessoa certa para determinada pessoa. Por isso preferem não enfrentar essa responsabilidade. Para essas pessoas, entendo assim, melhor é viver uma vida sexualmente ativa, mas sem respeito, carinho e amor ao cônjuge.

Pr. Gomes Silva